Irmon Kabuverdianus, Nu Uza Y Divulga Alfabétu Kabuverdianu Ofísial(AK, ex-ALUPEC)

Saturday, May 30, 2009

Luís Cabral primeiro Presidente da Guiné-Bissau morreu em Lisboa

Luís Cabral primeiro Presidente da Guiné-Bissau

Praia, 30 Mai. (Inforpress) - O primeiro Presidente da Guiné-Bissau, Luís Cabral, irmão de Amílcar Cabral, morreu, este sábado, 30, em Lisboa vítima de doença prolongada, anunciou o jornal português Expresso, citando a Lusa.

GOVERNO DO PAICV: EXEMPLO DE SERIEDADE E TRANSPARÊNCIA


Por Alberto Alves, Deputado do PAICV pelo Círculo das Américas


O Governo do PAICV é hoje, mais do que nunca, respeitado e admirado na senda internacional devido à seriedade e transparência na gestão da coisa pública, por ter uma visão modernizada do Estado e da sociedade civil, por ter estado a liderar com inteligência o processo de transformação e modernização do país, pelo respeito que nutre pelos direitos humanos e pelo seu comprometimento com a paz, a democracia e a liberdade.


Graças à crescente projecção e afirmação no mundo, o nosso país tem sido objecto de permanentes e rasgados elogios em instâncias internacionais. As constantes assinaturas de acordos de parcerias, de acordos de protecção social e a sua pertença a várias organizações mundiais de renome, tem sido motivo de orgulho de todos os seus filhos, no país e na diáspora. Basta recordar que Cabo Verde:

1- Entrou, recentemente, na Organização Mundial do Comércio;

2- Assinou o Acordo de Parceria Especial com a União Europeia;

3- Ganhou o MCA e, hoje, estamos a verificar os primeiros frutos desse sucesso;

4- Assinou o Acordo de Parceria para a Mobilidade com a União Europeia, que facilita a integração, que permite a emigração temporária e que apresenta outras valências, nomeadamente as que estão ligadas aos pequenos projectos para as associações de emigrantes;

5- Foi escolhido pela União Europeia como país de Emigração Controlada;

6- Conseguiu a graduação como país de Rendimento Médio;

7- Ganhou a certificação ETOPS e a categoria 1 da Aviação Civil dos EUA;

8- Assinou o programa Open Skay com os EUA e está a trabalhar para conseguir o mesmo com a Europa;

Isso para dizer que nada aconteceu do nada. Tudo foi feito com visão, com políticas pensadas e executadas com inteligência. Tudo foi trabalhado com bravura e ousadia, com a intenção clara de construir uma imagem positiva de Cabo Verde, uma imagem que tenha impacto na melhoria das condições de vida do nosso povo, no país e na emigração.

A nossa emigração é hoje, decididamente, mais culta, mais adulta, está melhor informada e preparada, tem gente capacitada, tem quadros brilhantes e segue a par e passos os feitos e as fragilidades do seu país. Por isso estão mais orgulhosos, desejam estar mais em contacto com a sua terra natal, fazer investimentos e participar na vida política nacional. Os nossos quadros e académicos apoiaram e continuam a apoiar a Universidade de Cabo Verde. Os jovens emigrantes querem envolver mais em acções e programas em prol do seu país. Os artistas musicais multiplicaram as suas presenças em Cabo Verde. Aumentaram o número de intercâmbios desportivos e, como vemos, há uma dinâmica nunca dantes conhecida.

Mas, mais do que isso, assiste-se neste momento, uma verdadeira mudança de atitude e de comportamento da nossa emigração, em várias partes do mundo:

1- Há um aumento crescente de participação na vida política e social dos países de acolhimento e um crescimento notório de líderes e activistas comunitários;

2- Os cabo-verdianos já não só votam mais expressivamente nas eleições que acontecem nos países de acolhimento mas também começam a concorrer, com sucesso, nas listas autárquicas e estaduais;

3- Há um significativo aumento da iniciativa privada e do espírito de negócios e um melhor reconhecimento do factor organização como forma de conseguir sucessos. A CABO ( Capeverdean American Business Organization) e a CV Fast Ferry, nos EUA, bem como Capeverdean Business Club em França, são os exemplos mais recentes;

Desafortunadamente, existe um conjunto de constrangimentos, frutos de acontecimentos mundiais que dificultam a vida dos emigrantes de todas as partes do mundo, incluindo, naturalmente, os nossos. São, nomeadamente a globalização da economia, os acontecimentos de 11 de Setembro de 2001 nos EUA - que originaram preocupações nacionais com a segurança - e a actual crise mundial. Essas ocorrências, aliadas ao terrorismo, ao tráfico de pessoas e de drogas, ao contrabando e outros crimes organizados, geraram a implementação de regimes imigratórios cada vez mais restritivos em países desenvolvidos.

A actual crise mundial, cujos contornos são de conhecimento público, está a afectar a nossa comunidade emigrada em toda a parte. Casos de desemprego, de perda de casas, de perda de poupanças investidas em fundos de pensão, de redução de salários, de perda de facilidades de acesso aos esquemas sociais de assistência médica e medicamentosa são, entre outros, os casos mais constatados.

Apesar de tudo, a nossa comunidade continua a ter, hoje, mais valor como tal, por causa das suas demandas e necessidades múltiplas, por motivo da sua extensão cultural e económica, pelo seu papel como comunidade geradora de divisas para o nosso país, pela importância que tem para a nossa diplomacia, pela sua participação activa e consciente no processo de desenvolvimento económico e social do país, pela maneira peculiar de procurar os seus direitos junto das instituições e governos locais dos países de acolhimento, pelo seu jeito pacífico, franco e aberto, na defesa dos seus legítimos interesses junto do Governo e das instituições de Cabo Verde.

Por isso, o Governo do PAICV, sensível às questões da emigração:

1- Cria o Instituto das Comunidades, como instituição para a implementação das políticas do Governo, em matéria de emigração;

2- Celebra acordos de emigração bem como de protecção social com os países de acolhimento, como medidas de protecção dos emigrantes;

3- Cria o Fundo da Solidariedade para apoiar os emigrantes cabo-verdianos em São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique;

4- Alarga o projecto “Operação Esperança”, para a emigração do Sul do nosso Continente;

5- Manda construir um Centro Comunitário em São Tomé e Príncipe;

6- Decide aumentar, consideravelmente, a ligação aérea com vários países onde albergam a nossa emigração;

7- Começa a trabalhar o projecto de ligação marítima com São Tomé e Príncipe;

8- Cria Casas de Cidadão junto dos Serviços Consulares Cabo-verdianos, em vários países, com o objectivo de colocar os cidadãos mais perto da administração e de prestar serviços online aos emigrantes no que toca à emissão de certidões de nascimento, certidões de casamento, registo criminal, certidão matricial e dívida fiscal;

9- Encoraja o associativismo e a união dos cabo-verdianos na diáspora;

10- Cria serviços consulares descentralizados, com o apoio das associações cabo-verdianas em várias cidades dos EUA;

11- Cria o balcão único na Alfândega destinado a prestar serviço aos emigrantes;

12- Melhora as condições de recepção e tratamento dos emigrantes com a construção do Aeroporto Internacional da Praia;

É do conhecimento de todos que o Imposto sobre o Valor Acrescentado, o NOSI, a entrada de Cabo Verde na OMC, o uso de novas TIC, as Casas de Cidadão, a Reforma do Registo e Notariado e outras tantas reformas administrativas recentes, postas em práticas por este Governo, tem contribuído para a redução da carga fiscal a nível aduaneiro, para a redução da burocracia, para a redução de custos e do factor tempo e para agilizar os procedimentos burocráticos em vários sectores. São ganhos extraordinários, com impactos positivos, também, para os emigrantes.

Esta maioria que governa este país, tem a clara consciência de que há muita coisa por fazer e que há sempre possibilidade de fazer mais. Muito trabalho foi já feito. Muitos caminhos já foram trilhados. As experiências já acumuladas vão, decerto, servir para a busca de melhores dias e de um futuro mais risonho, para os nossos patriotas residentes no exterior. As questões fundamentais que se colocam são:

1- Até onde podemos ir e em que velocidade?

2- Com que meios e com que recursos?

3- Como estender, ainda mais, a atenção do Governo e do Estado de Cabo Verde aos cabo-verdianos na diáspora?

Trata-se de um assunto que nos interpela e que nos convoca a uma reflexão mais aprofundada. Uma questão pertinente que deve unir-nos, que deve interessar a todos nós mas sem demagogia e populismo, sem truques políticos baixos e sem oportunismo e atitudes políticas de circunstância.

Bem-haja Cabo Verde

Bem-haja os emigrantes cabo-verdianos

Bem-haja o Governo de Cabo Verde que soube colocar a emigração cabo-verdiana na agenda social, económica e política de Cabo Verde.

Alberto Alves, Deputado do PAICV pelo Círculo das Américas

Thursday, May 28, 2009

Economia da Cultura: potencialidades e desafios

Por: Dr. Manuel Veiga, Ministro Da Cultura (Campus universitário de Palmarejo da UniCV)


29-05-09
Fonte: A SEMANA

Ao receber o convite para falar do tema, a minha primeira reacção foi a de declinar o pedido, por duas razões: 1º porque tinha pouco tempo disponível para a preparação da comunicação; 2º porque é um tema cuja reflexão não abunda em Cabo Verde e cuja prática, entre nós, é ainda muito incipiente.


Porém, reflectindo melhor, cheguei à conclusão que, numa altura em que o Ministério que dirijo defende e preconiza a elaboração de um estudo sobre a Economia da Cultura em Cabo Verde, não seria coerente da minha parte recusar um desafio que, justamente, poderia ser uma boa oportunidade de partilha e de interpelação sobre uma problemática de primeira actualidade e de suma importância para a estratégia de desenvolvimento em Cabo Verde.
Para a abordagem do tema, proponho quatro pontos:


a) A Inteligência do conceito Economia da Cultura; b) As características da Economia da Cultura em alguns países do mundo; c) A Economia da Cultura em Cabo Verde -potencialidades e Dificuldades; d) Desafios da Economia da Cultura em Cabo Verde.
Desejável seria que, após a incursão acima referida, houvesse um espaço de partilha e de debate com vista ao enriquecimento ou melhoramento do conteúdo exposto e da visão apresentada.


I. O QUE É A ECONOMIA DA CUTURA?



Retomemos o primeiro ponto. Qual é o entendimento que hoje se tem da economia da cultura?
Antes de mais, há que reconhecer que, até aos anos 80 do século XX, a visão que se tinha do desenvolvimento era marcadamente economicista. O que interessava era sobretudo o crescimento, ficando a qualidade de vida, o equilíbrio ambiental e a integração sociocultural relegados muito abaixo do nível da razoabilidade.



Porém, alguns intelectuais, como o poeta e Presidente Leopold Sédar Senghor, vinham pregando, quase que no deserto, que «la culture est au début et à la fin du développement».


A partir dos anos 80, a cultura, como factor de desenvolvimento, começou a fazer escola através do próprio Banco Mundial que começou a defender que todo o projecto de desenvolvimento que não tivesse a preocupação de estar integrado no ambiente sócio cultural estaria votado ao fracasso.



Hoje, em 2009, o reconhecimento do valor estratégico da cultura para o desenvolvimento é cada vez mais consensual. Há mesmo uma forte corrente que advoga que a cultura, juntamente com o conhecimento, é uma das principais fontes de empoderamento dos povos. Segundo o Relatório sobre a situação da População Mundial 2008, das Nações Unidas, «A cultura é uma fonte do conhecimento, da identidade e do poder».


É com esta nova visão sobre o papel da cultura que a problemática» Economia da Cultura» ganha conteúdo e sentido.
Segundo o brasileiro Sérgio Sá Leitão «a expressão economia da cultura identifica o conjunto de actividades económicas relacionadas com a cultura.»
Assim, para haver economia da cultura têm que haver sujeitos culturais que criam ou reproduzem, tem que haver produtos culturais criados ou reproduzidos; tem que haver mercado de transacção; tem que haver retorno económico para a satisfação das necessidades dos sujeitos culturais e para reforçar o investimento no sector.
Na economia da cultura tem que haver a relação entre a criação, a reprodução e o mercado em todos os domínios das indústrias criativas como: o audiovisual, as edições de livros e jornais, a música (nas suas variadas expressões ou manifestações), o teatro, a dança, as artes plásticas, a fotografia, o artesanato, a moda, os concursos de beleza, a gastronomia, a publicidade, o design, o entretenimento, os festivais, as festas populares ou tradicionais, o produto cultural na comunicação social, os pacotes culturais para o turismo, a investigação e o magistério culturais etc, etc.



O leque da economia da cultura é deveras abrangente. Ela promove o desenvolvimento, cria emprego, aumenta a qualidade de vida e, no dizer de Olavo Correia, citando Adam Smith e David Ricardo, «ela cria, através da arte, externalidades positivas, isto é, produz efeito benéfico na economia de outras actividades das quais o turismo é o caso mais evidente».
A economia da cultura revela apenas uma face da cultura. A outra face, a mais importante, seguramente, é simbólica, é identitária. É esta segunda face da cultura que confere singularidade e personalidade a um povo e a uma nação.



Todo o povo que tenha uma rica identidade cultural e uma indústria cultural dinâmica e criativa tem também, seguramente, um forte desenvolvimento, com crescimento, com qualidade de vida e com equilíbrio ambiental.
Será que Cabo Verde tem uma rica identidade cultural e uma indústria cultural dinâmica e criativa? Daremos resposta no terceiro ponto da nossa exposição. Por enquanto, debrucemo-nos sobre o segundo ponto que é :



II. AS CARACTERÍSTICAS DA ECONOMIA DA CULTURA NO MUNDO.



Consultando alguns dados disponíveis na Internet, fiquei rendido diante do potencial das indústrias criativas, em alguns países do planeta.
Desde logo, pude constatar, que a nível mundial, a economia da cultura representou uma média de 7% do PIB, em 2003 e que hoje, esta percentagem está à volta dos 10%.
Verifiquei ainda que, se a taxa média de crescimento da economia mundial é de 5%, a da economia da cultura é de 6%. Sabe-se que, na Europa, a economia da cultura representa 2,6% do PIB. Em França representa mais do que 3%, e em Portugal a percentagem é de 1,4%, quando o sector imobiliário representa apenas 0,6% do PIB em Portugal.



Continuando a minha pesquisa descobri: • que de 2000 a 2001, na Dinamarca, a economia da cultura contribuiu com 5,3% do PIB; representou um volume de negócios da ordem dos 23.4 biliões de Euros; proporcionou 170.000 postos de trabalho (full Time); representou 16% do total das exportações num montante de 9.11 milhões de euros. . Que no Reino Unido, em 2001, a economia da cultura contribuiu com 6.8% do PIB,. Representou um volume de negócios de 165.43 biliões de euros; proporcionou 1.3 milhões de postos de trabalho, representou 4.7 das exportações num montante de 15.1 biliões de euros. • Que na Suécia, de 200-2001, a economia da cultura contribui com 9% do PIB; representou um volume de negócios da ordem de 17.1 biliões de euros; proporcionou 400.000 postos de trabalhos;



Uma fonte credível informou-me que a economia da cultura nos EUA tem muito mais peso do que a própria indústria de automóvel.
Não há dúvida de que os dados referidos são indicadores do potencial económico que a economia da cultura hoje representa no mundo.
A questão que fica no ar é se em Cabo Verde a economia da cultura pesa no nosso PIB e se já tomámos consciência que ela, efectivamente, pode ser o nosso ouro e o nosso diamante.



III A ECONOMIA DA CULTURA EM CABO VERDE: POTENCIALIDADES E DESAFIOS.


Já dissemos que a economia da cultura exige o sujeito cultural, o produto cultural e o mercado da arte. O sujeito cultural tem que ter talento, tem que ter qualificação. Este mesmo sujeito precisa de incentivos, de meios e de condições para criar ou para comunicar a sua arte. Para além da formação, ele deve contar com uma forte organização, capaz de negociar com o mercado e de organizar os pacotes promocionais, ocupar-se do marketing e da publicidade, sensibilizar e convencer os patrocinadores públicos e privados, organizar e garantir o cumprimento da agenda nacional como internacional do sujeito cultural.


Havendo talento, formação, organização, matéria-prima, infra-estrutura de produção e comunicação, a qualidade do produto cultural acontece e o mercado da arte aparece, amplia-se e consolida-se.



Em Cabo Verde, temos talento e temos uma rica diversidade cultural. Porém, temos necessidade de mais formação, de mais organização, de mais e melhor acesso ao financiamento, de mais incentivos, de mais infra-estruturas culturais, de mais cooperativismo entre os artistas, de mais investimento público e privado no sector, de instituições culturais com maior e melhor capacidade de reposta.



Não obstante, as dificuldades que a economia da cultura atravessa em Cabo Verde, a cultura, na vertente económica e social, manifesta-se como:


• O elemento que faz a promoção do país no além fronteira; • Um dos produtos que melhor corporizam a singularidade do nosso povo e que por isso constitui uma das maiores atracções turísticas; • O suporte que dá conteúdo à educação; • O elemento que melhor cimenta e realiza a unidade da Nação; • Uma das fontes do bem-estar e da qualidade de vida; • Um dos maiores elos de ligação do território com a diáspora. • A fonte de «externalidades positivas» que fecunda a economia e as relações de produção.



Não foi possível ainda estabelecer o peso da nossa cultura no PIB, o valor da exportação de produtos culturais e o número de emprego que cria, o seu peso na criação da qualidade de vida e na fecundação das relações de produção. O Estudo sobre a Economia da Cultura que se preconiza fazer dará resposta a grande parte dessas interrogações.
É evidente que o peso da cultura no PIB e o número de emprego que cria não são insignificantes se tivermos em conta:



• O número de artistas, na área musical, que actua nos grupos ou individualmente, nas digressões internacionais, nos festivais de praia, nas festas populares, nos restaurantes (no país ou na diáspora), nas celebrações comemorativas, nas campanhas eleitorais... • O número de organizadores, de técnicos e de produtores musicais que têm rendimento do trabalho que fazem.




• O número de actuações de artistas ligados ao teatro e à dança, o número de empregos que cria e o retorno económico que proporciona; • O número de livrarias, estudos de gravações, boîtes e espaços de entretenimento existentes e o volume de negócios que movimentam; • A diversidade da gastronomia caboverdiana e o retorno económico que propicia; • O peso económico da cultura na educação, na investigação e no resgate patrimonial; • O número de artistas plásticos, de fotógrafos e o rendimento que capitalizam; • A diversidade de artesanato existente, o seu volume de negócios e o seu peso na criação de emprego; • A representatividade do turismo cultural na economia nacional e o volume de negócios que decorre da orçamentação e animação de espaços turísticos, empresariais, públicos, religiosos e habitacionais. • O valor económico do recheio e dos serviços de instituições culturais como museu, arquivos históricos, casas de culturas, centros culturais.



Quando o Estudo da Economia da Cultura quantificar o volume de negócio que a cultura gera, o numero de emprego que cria, o peso que tem na externalidade positiva que exerce, na promoção externa do país, no reforço da unidade nacional, no aumento da qualidade de vida, na representação do orgulho nacional no território e na diáspora, nessa altura, ela passará a ser um produto de primeira necessidade, um produto de primeira grandeza, e o seu peso no Orçamento do Estado, bem como o seu lugar na administração do país serão mais representativos.
Enquanto se aguarda pela avaliação económica e social indústria criativas em Cabo Verde, vejamos os


IV DESAFIOS DA ECONOMIA DA CULTURA EM CABO VERDE



Se me pedirem para elencar esses desafios, eu não hesitaria em dizer que eles são vários e, por vezes mesmo, muito complexos, como por exemplo:
• A qualidade do sujeito e do produto culturais, através da formação de curta e de longa duração; • A aproximação da educação da cultura não só para qualificar o sujeito cultural mas também para criar um público consumidor da cultura, porque a entende e porque dela passou a ter fome; • A criação da cultura de organização em todos os domínios de criação cultural e artística; • O desenvolvimento do empreendedorismo cultural e a incubação de empresas no sector da cultura; • O aumento do Orçamento público para a área da cultura; • A criação de mais incentivos e de mais infra-estruturas ao nível das exigências do estádio de desenvolvimento em que nós nos encontramos; • A diversificação e a actualização da legislação cultural; • A valorização e o desenvolvimento do turismo cultural; • A criação de um crédito cultural e de um fundo para a cultura, com uma gestão público – privada; • O desenvolvimento e o engajamento do mecenato cultural; • Admitindo a força da cultura em criar externalidades positivas nas relações de produção, sensibilizar os empresários a aceitarem o desconto de uma percentagem mínima a recair em todos os projectos de investimento, a favor do desenvolvimento cultural; • Acelerar a criação da Agência de promoções cultural; • Exercer uma diplomacia preocupada em fazer a promoção da nossa cultura e em localizar possíveis mercados e fontes de financiamento; • Promover o cumprimento e o respeito pelos direitos de autor;


Em Cabo Verde, depois dos recursos humanos, a cultura é a nossa melhor riqueza. A matéria-prima que a molda e formata é inesgotável e é amigo do ambiente.
O desenvolvimento sustentado de Cabo Verde passa, necessariamente, pela aposta que o país fizer na cultura. Mais do que ouro ou petróleo, ela é a nossa alma e a expressão da nossa singularidade. Ela é também um produto para o mercado, com particular vocação para o aumento do PIB nacional e para a criação de emprego.



Os caboverdianos têm que tomar a consciência deste facto e conferir à cultura o financiamento que merece e que precisa, o tratamento que reclama e merece, a organização que precisa e ambiciona, a qualificação que reclama e deseja, as infra-estruturas que procura e que reclama, a promoção que merece e necessita.



O facto de termos, hoje, a consciência de todos esses desafios é já uma grande parte do caminho andado. A nova aurora da cultura já está no horizonte. Mais do que esperança, tenhamos confiança na própria força propulsora da nossa cultura que, seguramente, levar-nos-á a encontrar soluções para todos os desafios que a sua promoção e valorização reclamam.
Eu confio. Estou certo de que a Nação inteira também está confiante e expectante.



Muito obrigado

Monday, May 25, 2009

Câmara Municipal Dos Mosteiros Anuncia Criação De Postos De Trabalho

Carlos Fernandinho Teixeira, Presidente CMM


Mosteiros 05/22/2009 - 17:58 - A Câmara Municipal dos Mosteiros anunciou ontem à tarde, a criação de cerca de 250 postos de trabalho no município, nos próximos tempos. Essa decisão foi tomada pela equipa liderada por Fernandinho Teixeira ontem, 22 de Maio, na sua Décima Sessão Ordinária.

Segundo o edil, vai-se abrir frentes de trabalho em quase todo o município como forma de desenvolver as localidades mas também como forma de dar um certo alento às famílias mais necessitadas.
Durante esta semana vai-se abastecer as obras com materias e já a partir de 2 de Junho as obras vão ser propriamente abertas com maior número de pessoas.

A Câmara estima numa primeira fase empregar cerca de 150 pessoas, o que representa um gasto só em salários, aproximdamente dois mil contos por mês, sem contar com os materiais, transporte e combustível.



Fernandinho disse que esses postos de trabalho são insuficientes para as demandas do emprego no município mas, vai-se repartir o pouco que tem, para todos aqueles que estão mais necessitados.
Prevê-se ainda a abertura de mais obras, enquadrado em outros programas, nomeadamente o do do Plano Ambiental Municipal e o do arrelvamento do Estádio Municipal que deverão arrancar brevemente.

Fonte: http://www.cmmost.cv/en/c%C3%A2mara-municipal-anuncia-cria%C3%A7%C3%A3o-de-postos-de-trabalho

Wednesday, May 20, 2009

Alfabétu Kabuverdianu Instituidu pa Dikrétu-Lei


Agnelo A. Montrond

Dedikatória: Pa louva Tito Paris - konpozitor, kantor y gitarrista kabuverdianu famadu y di vultu, ki ta respira alegria y sabura di nos koladera.

Palavra Alfabétu ben di palavra grégu «alphabetos», ki na latin ta fladu «alphabetum». E un palavra konpóstu ki ben di palavras alfa y béta ki e kes dos pruméru létras di alfabétu grégu, alfa(α) y béta (β) , ki ta kurresponde a létras A y B na Alfabétu Kabuverdianu, ki ka dura foi rekonhesidu pa guvérnu, pa ta skrebe lingua kauverdianu.

«Alfabeto Unificado para a Escrita da Língua Caboverdiana (ALUPEC)», ki foi aprovadu en rejimi sprimental pa Dikrétu-Lei no 67/98, di 31 di Dizénbru, foi risentimenti instituídu komu Alfabétu Kabuverdianu, pa Dikrétu-Lei no 8/2009, y ka pode ten nómi más sabi y koerenti ki ke-li. Aliás, e ke-li ki e prátika na kes otus línguas: nu ten alfabétu purtuges, alfabétu ingles, alfabétu franses, etc. Y es ka ten ninhun nómi spesial. Es Dikrétu-Lei no 8/2009, foi promulgadu dia 5 di Marsu di es anu 2009. Pa un kiston di koerénsia ku es Dikrétu-Lei, nos alfabétu debe fika ta fladu Alfabétu Kabuverdianu, en ves di ALUPEC, ki sugundu es mesmu Dikrétu-Lei, ta funsiona komu un sistéma gráfiku nasional pa ta skrebe lingua kabuverdianu. Alfabétu Kabuverdianu e di bazi latinu y e’ ten vinti y kuatu létra ki ta figura pruméru y kuatu dígrafu ki ta figura dipos:

Létras:

a) Maiúskulas
A B D E F G H I J K L M N Ñ O P R S T U V X Y Z

b) Minúskulas
a b d e f g h i j k l m n ñ o p r s t u v x y z

Dígrafus:

a) Maiúskulas
DJ LH NH TX

b) Minúskulas
dj lh nh tx

Klaru ki es alfabétu ka ta stabelesi régras pa ortografia normalizadu di lingua kabuverdianu ó seja padronizason di skrita di Kriolu. Pur isu, inda kabuverdianus ta kontinua ta skrebe idiosinkrátikamenti, kada un di se manera. Sabedoria popular ta fla: «sima nu kre nu ka pode sta, y sima nu sta nu ka pode fika». Inspiradu na es frazi sábiu, nu ta fla ma prósimu konkista di povu di Kabu Verdi, ta ser sén dúvida, padronizason y ofisializason di Kriolu.

Pa soletra na lingua kabuverdianu, nu ta sujiri kes palavras li:

Azagua – A
Barlavéntu - B
Dimokrasia – D
Eransa – E
Funaná - F
Gatu – G
H
Identidadi – I
Justisa – J
Kriolu – K
Liberdadi - L
Mórna / Midju / Mar - M
Nasionalidadi – N Ñuli – Ñ
Omi - O
Praia – P
Repúblika - R
Sotavéntu – S
Trabadju – T
Unidadi - U
Vitória – V
Xikóti - X
Y
Zé – Z
Djagasida – Dj
Lh
Nho – Nh
Txuba – Tx

H – ka ta uzadu el só na Kriolu; e’ ta uzadu na dígrafus nh, ih, pa abreviason di unidadis sima óra, etc
Ñ - ta reprezenta funema / ñ / – okluziva, velar, nazal sima na palavras ñanha, ñuli, ñanhóma, ñanhi
Y – konjunson kopulativa; pode ser uzadu na matimátika pa reprezenta un variável, etc
Zé - Z

Ti oxi, inda ka parse ninhun konkorrénsia di ninhun otu mudélu di alfabétu sitematizadu y konsistenti pa screbe lingua kabuverdianu. Ku tudu ruspetu ki nu ten pa tudu algen, nu ta dizafia pesoas pa prova-nu ma ten pelu ménus un otu mudélu ku es dos karaterístikas.

Kredu pa skrita na Kriolu ku Alfabétu Kabuverdianu sér un skrita mudérnu, livri di tudu konplikason ki ten na skrita ku alfabétu etimulójiku, móda alfabétu purtuges, alfabétu ingles, franses, etc. Skrebe na Kriolu ku Alfabétu Kabuverdianu e fásil. Y nu ta splika pamodi:

Es alfabétu funétiku-fonolójiku e mutu sinplis pamodi e’ ta sinplifika skrita y e’ ta ivita ki mininus ki ta ben prende skrebe Kriolu na skóla da érru. Má di ki manera ki el ta sinplifika skrita?
Respósta: un son ta reprezentadu sénpri pa mesmu létra ó dígrafu y naun pa dos ó tres létra diferenti sima na purtuges y otus linguas ki é etimulójiku. Kabu Verdi y kabuverdianus debi da abertura y aseita manera sinplis di faze kuzas. Nu ka debi kontinua alienadu ó fika refén di kuzas di nos gentis di pasadu ki é kunplikadu pur kistons imutivus ó pa paixon. Si antis ta ratxada pédra ku madju na Kabu Verdi, oji ta uzadu mákina pa sinplifika kel trabadju. Y si algen ta insisti na kuntinua ta ratxa pédra ku madju, seja pa ki razon for, anton algun kuza debe sta tortu ku es algen.

Pa ilustra modi ki Alfabétu Kabuverdianu ta sinplifika skrita di Kriolu, N ta kontribui ku siginti iliméntus:

0. Létra o ka ta uzadu na Alfabétu Kabuverdianu pa reprezenta son /u/. Ta uzadu létra u pa reprezenta son /u/. Pur isu ku Alfabétu Kabuverdianu ta skrebedu ratu en ves di rato. Si inventoris di alfabétu purtuges tinha pensadu di es manera, nén na purtuges ka ta uzada o pa riprezenta son /u/. Alfabétu Kabuverdianu e más fásil ó nau ki alfabétu purtuges?

1. Létra e ka ta uzadu na kriolu pa reprezenta son /i/. Na Kriolu ta skrebedu névi en ves di neve. Si inventoris di alfabétu purtuges tinha pensadu di es manera, nén na purtuges ka ta uzada e pa riprezenta son /i/. Alfabétu Kabuverdianu e más fásil ó nau ki alfabétu purtuges?

2. Sima nhos debi ter raparadu, létra c ka ta uzadu na Alfabétu Kabuverdianu pamodi son ki el ta reprezenta na purtuges e tanbe reprezentadu pa s sima na kazu di palavra cinco y pa k sima na palavra carta. Na Kriolu ta skrebedu sinku y karta. Si inventoris di alfabétu purtuges tinha pensadu di es manera, nén na purtuges ka ta tinha c pa reprezenta son /s/ ó son /k/. Alfabétu Kabuverdianu e más fásil ó nau ki alfabétu purtuges?

3. Létra ç ki ta uzadu na purtugês pa reprezenta son /s/, ka ta uzadu na Kriolu. En ves di aço ta skrebedu asu. Si inventoris di alfabétu purtuges tinha pensadu di es manera, nén na purtuges ka ta uzada ç pa riprezenta son /s/. Alfabétu Kabuverdianu e más fásil ó nau ki alfabétu purtuges?

4. Tanbe, h komu létra el só ka ta uzadu na Alfabétu Kabuverdianu. É un létra mudu ki é ka nesesáriu pamodi é ka ta reprezenta ninhun son. Si inventoris di alfabétu purtuges tinha pensadu di es manera, nén na purtuges ka ta tinha h. Uza un létra fantasma ki ka ten ninhun valor fonétiku y ki ta sta na un palavra só pa intximéntu, sima ki alguns Kriolistas Klaridozus faze, oji ka ta uzadu nén própi na purtuges ki ku ses nóvu akordu ortográfiku, skrita di purtuges ta aproxima txeu di skrita di Kriolu ku Alfabétu Kabuverdianu.

5. Dígrafu dj é dos létra ki ses son ta kola na kunpanheru pa forma un son úniku sima na palavra djagasida. Kel-li é ka prubléma. Tudu algen ta skrebe djagasida ku dj. Es dígrafu é konsensual.

6. Léra q ka ta uzadu na Alfabétu Kabuverdianu pamodi son ki el ta reprezenta é kel mesmu son ki k ta reprezenta. Y létra q é un létra kobardu ki nunka ka ta sta el só. Na ingles nu ta txoma-l di «chicken letter». El ta sta sénpri kunpanhadu di u. Dígrafu qu ta uzadu na portuges pa reprezenta mesmu son ki létra k ta riprizenta. Y komu nu kre pa un son ser reprezentadu sénpri pa mesmu létra nu ka mesti qu na Kriolu. Si inventoris di alfabétu purtuges tinha pensadu di es manera, nén na purtuges ka ta uzada qu. Alfabétu Kabuverdianu e más fásil ó nau ki alfabétu purtuges?

7. Létra x ta reprezenta son ki dígrafu ch ta reprezenta na purtuges. Pur izénplu xavi na Kriolu ki ta skrebedu chave na purtuges. Pamodi ki ta uzadu x, y naun ch na Kriolu? Rispósta:
1) komu ka ta uzadu c na Kriolu é lójiku ki ch tanbe ka debi uzadu;
2) en ves di dígrafu ou seja dos létra pa reprezenta un son, un létra é más ikunómiku.

8. Dígrafu tx ta reprezenta son ki txeu algen ta reprezenta pa tch na Kriolu. É más ikunómiku uza dos létra en ves di tres pa reprezenta kel son. Asin, en ves di pintcha nu ta fika ta skrebi pintxa. Nu lénbra ma komu létra c ka ta uzadu, y en ves di ch ta skrebedu x, tch lójikamenti ka debi uzadu má ta uzadu tx.

9. Na Alfabétu Kabuverdianu ka ta uzadu ss. En vez di associação ta skrebedu asosiasaun. Keli e un kiston di lójika matimátika: uza ss, s, c, y ç pa riprizenta kel mesmu son /s/ na kel palavra la ka ta fazi sintidu.. Objetivu di uza-s é kunfundi mininu kabésa. Nos nu kre e sinplifika skrita y bira-l fásil pa mininu skrebe sén da érru. Pur isu ta uzadu só létra s pa riprizenta son /s/.

10. Alguns létras ki ka ta figura na alfabétu ALUPEC sima c, q, w podi ser uzadu na skrita di Kriolu Kabuverdianu pa abreviason di unidadis uzadu na sistéma internasional di mididas y ses derivadus, sima cm (sentímitru) , hm (ekitómitru), kw (kilouóti), etc.

Na es tabéla li dibaxu, nu ta aprezenta un análizi konparativu y di kontrasti entri Alfabétu Kabuverdianu y alfabétu etimolójiku ki purtugês y otus linguas latinu ta uza:
Pruméru palavra (dirriba) é na Kriolu di Santiagu y sugundu (dibaxu) é na Purtugês
Kaza (k en vês di c y z en vês di s)
Casa Jinástika (j en vês di g y k en vês di c)
Ginástica Galinha
Galinha
Kuartu (k en vês di q y u en vês di o)
Quarto Xavi (x en vês di ch y i en vês di e)
Chave Prósimu ( s en vês di x)
Próximo
Oji (h ka mesti, i en vês di e)
Hoje Asuntu ( s en vês di ss y u en vês di o)
Assunto Matris ( son /x/ transforma en son /s/)
Matriz
Aneksu (ks en vês di x y u en vês di o)
Anexo Asu (s en vês di ç y u en vês di o)
Aço Xadres ( son /x/ transforma en son /s/)
Xadrês
Nazalizason di konsuanti ta fazedu ku n
Izénplu: kanba, konprende, konboiu Nazalizason di vugal ta fazedu ku aun ó ku an, ó ku on, sima na es izénplus li: korasaun, korasan, korason
N ta spéra ma es tabéla ta sirbi pa djuda kualker algen ki sabe skrebe na purtuges y ki ta papia Kriolu Kabuverdianu pa kumesa ta skrebe na Kriolu ku Alfabétu Kabuverdianu. N ta apruveita pa lansa un dizafiu pa tudu kabuverdianus pa prende skrebe Kriolu ku Alfabétu Kabuverdianu y inxina pelu ménus un otu kabuverdianu pa faze mesmu kuza. Si kel-li kontise anton nu podi fla ma ofisializason di Kriolu dja ka ta ten tadju mé-divéra, y sonhu di Dr. Manuel Veiga, nos ministru di kultura, dja ta bira rialidadi.
Ku es trabadju, N kre sinplismenti kontribui pa divulga, promovi, y valoriza nos lingua y nos kultura, ki sima fladu, bale más ki oru ó diamanti. Nos lingua y nos kultura e nos rikéza ki Déus da-nu.

Agnelo A. Montrond
aamontrond@yahoo.com;
Referênsia: Dikrétu-Lei no 8/2009

Sunday, May 17, 2009

Kumunidadi Kabuverdianu Partisipa En Masa Na Jantar Ku Nos Priméru-Ministru, Dr. José Maria Neves


Pa Agnelo A. Montrond

BROCKTON, EUA, 17 di Maiu di 2009 - Onti, dia dizaseis di Maiu, na Brockton, sidadi más kabnuverdiana na Mérka, sentenas di pesoas disloka di várius lokalidadis pa bai partisipa na kel jantar, ki konta ku onróza prizensa di Priméru-Ministru di Kabu Verdi, Dr. José Maria Neves, di nos Enbaixadora na Washington, Dra Fatima Veiga, di nos Konsul Jeral na Boston, Dra Maria Jesus Mascarenhas, di reprezentanti di «Mayor» (Prizidenti di Kámara) di Brockton, Sr. Moisés Rodrigues, y di más dignatárius.

Lógu dipos di jantar, sigintis pesoas uza di palavra:

Ana Novais ki aproveita pa agradesi prizénsa di kumunidadi na kel ivéntu, y au mesmu ténpu el da nos Priméru-Ministru, un rekadu di kumunidadi ki ta pergunta-l modi ki situason di alfandega y servisus na frontera sta na kabu Verdi, modi ki imigrantis ta tratadu óras ki es bai di féria y pamodi ki pasaji pa bai Kabu Verdi ku TACV sta asin taun karu.

Asigir foi ves di Moisés Rodrigues, ki en reprezentason di «Mayor» di Brockton, Honorable James Harrington, ki ka podeba sta prizenti pamodi dja el teneba se féria markadu na se ajenda ántis y el staba fóra di Brockton, fla prizentis ma administrason di Brockton sa ta trabadja pa faze tudu ki e pusível pa kabuverdianus na Brockton pode xinti ma es sta na ses kaza.

Nos enbaxadora na Washington Dra Fatima Veiga fala di ajenda di vizita di nos Priméru-Ministru, Dr. José Maria Neves, un ajenda mutu pertadu, má mesmu asin, nos Priméru-Ministru sénpri ta konsigi ranja ténpu pa sta ku kumunidadi kabuverdiana na Mérka, pa un muméntu di konvíviu, di morabéza, di konfraternizasaun y sobretudu di kumunikason. El fala di sforsu ki sa ta sér fetu na ária di nos diplomasia, y el konpartilha ku kumunidadi algun susésu ki dja konsigidu, numiadamenti programa Millenium Challenge Account, parseria ku alguns universidadis amerikanas sima Bridgewater State College, y tanbe el mensiona alguns enkontrus di Priméru-Ministru ku alguns altu dirijentis merkanus: el enkontra ku governador di Massachusetts Deval Patrick onti y oji el ta sér distingidu ku grau Doutor Honoris Kauza na lei, un títulu autorgadu pa Universidadi di Rhode Island, URI, en rekunhesiméntu di nos Pruméru-Ministru komu un izénplu di un jóven líder kabuverdianu y tanbe un líder afrikanu. Manhan sugunda-fera, el ta sta na Universidadi Bridgewater State College pa un konferênsia sobri dizenvolviméntu di Kabu Verdi.


Na se intervenson, nos Priméru-Ministru, Dr. José Maria Neves, entri otus asuntus, el fala di unidadi entri ilhas di Kabu Verdi. El fla ma óras ki ta fazedu un bon óbra, un bon prujétu, na un ilha kualker, pa es óbra ó prujétu sér motivu di alegria y di orgulhu na tudu kes otus ilhas. Nu debe ten un persepson global di dizenvolviméntu di kabu Verdi. El fla-nu ma tudu algen na Praia debe fika kontenti ku konkluzon di prujétu di anel rodoviariu na Fogu; ma tanbe tudu algen na Fogu debe fika kontenti ku konstruson di aeroportu internasional na Boavista; un otu izénplu ki el da-nu, e óras ki nu ta sunha y pensa na un Kabu Verdi global, kes des ilhas y más un ilha ki e diaspora kabuverdianu, injinherus y arkitetus ki ta forma na universidadi di Kabu Verdi na Praia, ó na un otu lugar kualker, y ki ku alegria y orgulhu ta bai trabadja na planiaméntu di dizenvolviméntu urbanistiku di Nova Sintra na Brava ó na un otu lugar kualker na un di kes nos ilhas; etc. En reason a rekadus di kumunidadi ki Ana Novais da-l, en jeitu di reason, Pruméru-Ministru fla kumunidadi ma di faktu inda nu ta depara ku alguns difikuldadis na Kabu Verdi. Ma difikuldadis na Kabu Verdi e ka di oxi nén di onti. Kabu Verdi sénpre tevi difikuldadis strutural y otus ki nu erda di kulonialismu. Má guvérnu sa ta trabadja ku afinku pa trasnforma kes difikuldadis na oportunidadis. Difikuldadis dja sa ta fika kada bes más poku, y oportunidadis sa ta bira kada bes más txeu, mesmu na es ténpu di grandis difikuldadi ikonómiku pa mundu interu. El sita izénplu di prujétu Fast Ferry, un prujétu fundamental pa Kabu Verdi, y el fla ma dja sta lansadu un Oférta Públiku di Subskrison (OPS) di un milhon y 500 mil obrigasons na Bolsa Di Valoris di Kabu Verdi. Na parti final di se intervenson, nos Pruméru-Ministru fla kumunidadi ma nu meste sér kada bes más otimista y trabadja sénpri ku determinason pa nu pode vense difikuldadis y kria kondisons pa kada kabuverdianu vive se vida ku dignidadi, y asin kontribui pa realizason di sonhu di Amílcar Cabral.

Agnelo A. Montrond
aamontrond@yahoo.com

Imagens da estrada Porto Novo – Janela, Santo Antão, inaugurada em 9 de Maio, pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves.

Sunday, May 10, 2009

Mai e midjór puezia ki puéta inda ka skrebe!


Pa Agnelo A. Montrond


Dedikatória: MAI, es e un duetu só di dos kuadra pa omenajia-bu djuntu ku tudu mai di mundu!

Mai e raís y alisersi di umanidadi
Mai e ragas di oru ki ta irradia kalor di filisidadi
Mai e surrizu di amor na meiu di dór di partu di nos identidadi
Mai e úniku eroina kapas di da se vida pa salva se fidju sen nporta ku idadi

//

Mai e infinitamenti y eternamenti grandi, maior ki tudu
Mai e midjór puezia ki puéta inda ka skrebe y ka pode ten más lindu
Mai ta finta fómi y ta alimenta se fidju ki e se frutu pruibidu
Mai e rainha ki da-nu vida, nos maior prizenti di mundu

Agnelo A. Montrond
aamontrond@yahoo.com

Saturday, May 9, 2009

Nha Mai Virginia


Ami e bu fidju
Kel minina di odju kastanhu
Ku olhar ansiozu pa diskubri un novu mundu

//

Un fidju ki desdi sédu
Prende ma bo e strada suguru
Fonti undi N ta mata nha sedi

//

Mai, bo e nha mai
Mudjer fórti y balenti
Ki ta luta tudu dia
Ka ta perde gérra nunka
Pamodi kenha ki kumesa drétu ka ta perde koraji

//

Bo e mudjer fórti ki na noti friu ta kenta-m na kama
Bo e nha mai ki ta txora klaru
Y ta txora ngatxadu
Pa un bida midjor pa bu fidju

//

Bo e mai ki ta zeza di noti
Ta pidi Déus na séu
Pa libra-nu di prigu y di torménta

//

Mai, N ka ten palavra pa N diskreve
Kantu ki N ta ama-bu
Virginia, maizinha di nha korasan,
Bo e inpurtanti pa mi
Desdi primeru bes ki n txoma-bu di mai

//

Mai, bo e nha lus
Bu ta suporta sol kenti
Kada minutu N kre obi bu vos
N kre pa bu obi-m ta fra-bu ma N kre-bu txeu
N ta ama-bu Virginia, nha maizinha kirida

//

Ami e prinséza di bus odju
N ten sertéza ma un dia N ta sér orgulhu di-bo, nha mai
Kada lágrima ki kai di bus odju
Ten sertéza ma el ka ta ben sén un milhaun di surrizu

//

Nha amor pa bo e móda un eklipsi

Bu fidja

Manuela Pina

Tuesday, May 5, 2009

Tito Paris - o Compositor, Cantor e Guitarrista que Respira a Alegria da Música Cabo-verdiana

Tito Paris n'est pas un nouveau venu. Multi instrumentiste, sa carrière démarre vers le début des années 80, mais c'est surtout à Lisbonne qu'il prend de l'ampleur en côtoyant d'autres musiciens. Il y sortira un premier album auto-produit en 1985. D'autres suivront, dont le fameux "Dansá má mi Krióla", enregistré en 1994. Ce nouvel album est un recueil de rythmes capverdiens : funaná, mórna, koladeras. Le timbre de voix du chanteur, velouté et enchanteur, donne un sentiment de liberté et de jouissance. On traverse l'Atlantique pour se retrouver au cœur de Mindélu.


Os cantores cabo-verdianos Tito Paris e Danny Silva participam sábado, 9, em Lisboa, numa gala solidária com as crianças cabo-verdianas, uma iniciativa destinada a angariar fundos para projectos educativos em Cabo Verde.

De acordo com a Lusa, na gala "Flores de África", marcada para a discoteca Armazém F, onde Tito Paris actua frequentemente, participam ainda novos nomes da música cabo-verdiana como Leonel Almeida, Sandra Horta e Jennifer.


A iniciativa é organizada pela CIC-Portugal, Associação para a Cooperação, Intercâmbio e Cultura, organização que desenvolve projectos educativos em Cabo Verde há mais de dez anos, tendo como público-alvo crianças e jovens em idade escolar.

Com bilhetes a 15 euros (sem jantar) e 25 euros (com jantar), uma percentagem dos fundos angariados reverterá a favor dos projectos da CIC-Portugal em Cabo Verde.

Em Novembro de 2008, Tito Paris e a CIC-Portugal juntaram-se na Gala "Escola Feliz", tendo angariado cerca de três mil euros, que reverteram a favor do projecto com o mesmo nome, na ilha cabo-verdiana de S. Vicente.



Fonte: Expresso das Ilhas

Sunday, May 3, 2009

SANDIKI


Ten puezia ki é marazia ki só SANDIKI PATXETXETI ku se kapangas ta ntende-l. E ka pamodi Porra ta rima ku Arra ki es é poétiku. Sabedoria popular ta fla ma susésu di uns é tristéza di otus. Nha filisidadi é bu nodju. Má filisidadi é létra ki inda ka ntendedu. El é un direitu ki ta konsigidu só ku dever kunpridu. Filisidadi é un ideal intilijenti y artifisial. E el ki tene-bu ta barbuli na lama.

Filis é kenha ki é perfeitu. Kenha ki ta faze só ben. Tristéza gó é itérnu.
Proporsionalidadi: filisidadi sta pa paraízu sima tristéza y sufriméntu sta pa inférnu

Se tristéza é bu filisidadi, má inda Pilotu ta morde-bu na máma kadera. Tudu pasu ki el da bu sta se trás. Sai katxor, sai … Sai katxorrus, sai, sai …


Oiu burru, oiu. Xita, xita! Ba pa spasu superior. Pega sima léstri na rotxa, txea na rubera, txuba na mar, agu na djarós. Bá txupa rapusada ó divertida. É ka mi ki ta rumina. Kenha ki sta inkomodadu ki ta ratira. Bo é kel padja mau, sen moral y ku kel kara pau. N ta pergunta Deus pamodi ki intelijensia di otus ta inkomoda-bu. Bu sta fumadu o kuzé? Kudadu pamodi bu testa sta kuazi ta nasi txifri tantu pa frenti komu pa trás y pa ladu.

Munda-m di nha bera, pé di bitxu. Pega ku oredja sima karman di kata azeti. Totis tézu. Kanéla moda onzi. Kabélu bedju sima ki ralanpu ku trubada panha-bu kabésa. Bu sa ta txera budungu sima bodi bédju kapadu. Spera bu ta odja bu fin: rusu, séku, raganhadu.

Tudu algen dja ka konxe-bu. Li bu ka ta ngana ningen. N rapende ki N konxe-bu.