A morte de Pedro causou enorme choque em todo nós, os antigos estudantes cabo-verdianos bolseiros do governo francês na cidade de Pau, e não só. Pedro era uma figura indispensável e de grande intervenção na vida do grupo, e deixa um grande vazio no nosso meio. Às irmãs Ana Lina e Minda, bem como à toda a família, deixo a expressão da minha solidariedade neste momento de muita dor e profunda consternação, e apresento os mais sentidos pêsames. Em nome do colectivo dos “Palois”, antigos estudantes cabo-verdianos bolseiros do governo francês na cidade de Pau, curvo-me em memória deste grande amigo das horas certas e incertas. Morre o homem mas ficam as recordações das suas obras. Paz eterna à sua alma no paraiso. Até sempre Pedro. Nu ben pa es mundu, nu ten ki bai pa séu, distinu sértu ki nos tudu nu ten ki kunpri. A todos os colegas "Palois" dedico esta triste musica de despedida à memoria do nossso saudoso Pedro. Agnelo A. Montrond
Por Frederico Sanches (Tchadinha)
Fonte:
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=26649&idSeccao=527&Action=noticia
Na hora da tua última partida, esta foi a forma encontrada para me dizer um último à Deus. Como não quererás certamente que nós os Palois (como diz João Boi) choremos na tua despedida, permite-me apenas recordar o refrão de uma canção francesa: et j´entend sifller le train et j´entent siffler le train, Que cést triste un train que siffle dans le soir! Lembras-te ? Richard Antony
Lembro-me daquela manhã de Outono de 1984, chovia em Paris…
O nosso primeiro destino foi o Centro Internacional de Estudantes e Estagiários (C.I.E.S) e foi lá que começou a nossa admiração por Paris: Uma simples escada rolante!
Tour Eiffel, Champs-Elysées, Notre Dame, enfim, durante uma semana, Paris deliciou-nos com os seus encantos.
Mas, chegou o dia de partirmos para Pau. Emanuel perdeu o Comboio, que chatice!...
Na estação de Pau estavam quase todos à nossa espera. Paulinho, Any, João Ilídio, Teresa, Pery, Montrond, Piduca…
Lembro-me de ti, Pedro Barros, do teu sorriso, do forte abraço que trocamos, início da nossa grande e eterna amizade. Lembrarás, certamente que sim, dos nossos jogos de futebol, das partidas de monopólio e biscas na casa da Any; dos almoços em tua casa e do Dilo (ami n ta cumi n ta ri…); das “balizinhas” no nº7, Av. Doyen Vizioz, onde eu, Custodinho (nha boi) e o Paulinho morávamos…Pois é, meu amigo, Av. Doyen Vizioz marcou-me para sempre. Abrigou-me durante dois anos, e, de repente, sem aviso prévio, “matou-me para que pudesse nascer de novo”. Lembras-te daquele acidente? Sim, voltei para esta vida ao fim de uma semana. Tu, meu irmão Pedro Barros, Zoraida e Tanha estavam a meu lado naquele dia. Levaram feijão com arroz, meu prato preferido que, impossibilitado, não pude comer.
Em Toulouse havia sempre “ Boum”. Cité des garçons, cité des filles, enfin…
Mas, a dança nunca foi o teu forte, muito menos o meu.
Lembras-te do Djedja: Djedja ce n´est pás djedjá …
Penso que foi no Natal de 1986. A bolsa atrasou-se e não houve pequeno-almoço, o almoço também não e o jantar foi três dias depois. Por falar nisso, ainda não contei para os meus filhos aquela história do Crisanto (Sporti não leves a mal!) que vomitou três grãos de arroz, nem daquele nosso amigo da Costa do Marfim, o Boris, aquele que fez churrasco do gato da vizinha. Pois é, meu amigo, a coisa, por vezes, apertava e o estômago, coitado, não tem culpa!
Rodez foi a nossa terceira ancoragem e quis o destino que eu voltasse a ficar de novo hospitalizado. Éramos os únicos Caboverdeanos na cidade e, mais uma vez, fostes um irmão. Partilhávamos até a conta bancária…
Hoje, 26 de Dezembro de 2009, recebo a notícia da tua morte e chove em Lisboa…
Desculpa, amigo, não sabia da tua doença. Perturba-me a recordação do nosso último encontro em tua casa, na Achadinha. Sabias que o teu filho ainda era um puto? Estivestes em Lisboa, não quis o destino que nos encontrássemos. Ainda não respondi o teu e-mail da semana passada. Meu Deus, quanta falha!...
No e-mail, sem que eu pudesse descortinar a razão, falavas nos 25 anos passados (déjà? … dizias). Agora percebo…
Na hora da tua última partida, esta foi a forma encontrada para me dizer um último à Deus. Como não quererás certamente que nós os Palois (como diz João Boi) choremos na tua despedida, permite-me apenas recordar o refrão de uma canção francesa: et j´entend sifller le train et j´entent siffler le train,
Que cést triste un train que siffle dans le soir! Lembras-te ? Richard Antony.
Deste teu amigo e irmão
Frederico Sanches (Tchadinha)
Comentários dos nossos leitores do LIBERAL
Silvestre silvestrelopes@hotmail.com
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É verdade Tchadinha, eu também Palois (de 1987 a 1993), não tivi chance de conviver com o Pedro na UPPA mas não me esqueço dos encontros para os "Bouns" em Toulouse e em Tarbes. Seguidamente partilhamos esta profissão (programação infomática) na Praia, e foram 16 anos de muitas coisas boas. Em fim a morte de Pedro fez-me também recordar aquele de Luis-Xema, também Palois, que já faz 1 ano que nos deixou. Que descancem em Paz.
Africa chamarinha@gmail.com
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Força Irmão on est très peu a valoriser l´amitié La perte de ce grand ami mérite tes réflexions que je partage La vie continue et ton ami continuera toujours et partout avec toi Courage
manuel ramos manel83@hotmail.com
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Ainda há gente que nos traz lágrimas nos olhos. Que belas recordações. Li esta homenagem como se estivesse vendo tanto a pessoa que a fez como a pessoa que partiu. É triste quando a gente defacto ama alguém e esse alguém um dia nos deixa para sempre, amigo ou familiar, porque os amigos também se amam e sentem-se amados. Esta homenagem espelha a dor de um amigo, pois é. Resta sempre a consolação de quem mereceu ter um amigo de quem tem tantas recordações do tempo de estudante. É por isso que quando os jovens de hoje pedem muito, não sabendo encarar com coragem a vida de estudante, fico triste. Enfim... Um abraço ao Frederico.
Nelson osodrac78@hotmail.com
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a vida é assim.
Adriel afomendes@hotmail.com
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Mais um palois chora contigo. Pedro um grande amigo e como sempre obrigado Dr. Tchadinha, foi por este artigo que fiquei sabendo desta triste notícia. Ady (Adriel9
isabel correia isabelmriacorreit@gmail.com
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Sinto muito. Uma perda de um amigo,de um irmão é sempre um pouco de nós que vai também. Mas ficam as lembranças e a eterna amizade prometida.E só os eternos amigoss se despedem com esta grandeza... com um até logo.
Emanuel Ribeiro emanuelribeiro@hotmail.com
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Ah Tchadinha, como dirias tu- “Mundo é duedo” – não é? Quando tu esmiúças nesta tua homenagem todos esses retalhos da nossa vida, velhos de mais de 20 anos, mas que de tão vivos na nossa memória parecem de anteontem, creio que nenhum de nós pode deixar de perguntar como foi esse malogro acontecer logo ao Pedro que era um poço de vitalidade! O campeão de endurance das directas académicas! O bom-vivant de sorriso franco! Só a custo de muita tristeza conseguimos admiti-lo! Mas tu tens razão Dr Tchadinha, a melhor homenagem que se pode fazer ao nosso Saudoso Pedro não é chorá-lo na hora di bai mas sim lembrar que a todos ele nos deixou alguma coisa, um momento, um gesto, uma partidinha! A mim por exemplo deixou-me entre outras coisas uma receita para não perder mais comboios! Pois de facto perdi o primeiro comboio que eu era suposto apanhar na minha vida! E perdi-o estupidamente porque já estávamos todos dentro dele e eu resolvi sair para comprar algum farnel para a longa viagem de sete horas! Tu foste um daqueles que me gozou dizendo que demorei porque não conseguia encontrar na gare “Pão de trança com doce” como em Sao Vicente. Mas isso com certeza eras tu apenas a retalhar por eu ter sido um dos colegas que mais te xingou por conta daquela lata de “Duch” cheia de frango assado com que tu chegaste a Paris trazida directamente de Cabo verde! Mas o Pedro, lembro-me bem, me disse – “se tu quiseres jamais falhar o teu comboio arranja-te sempre para pegar o anterior! Assim falhas o anterior e pegas o teu” E assim passei a fazer! Mas parece que o Teu/ nosso grande amigo Pedro seguiu essa máxima demasiado á risca e acab ou antecipando a sua viagem para além! Que Deus lhe dê pois um santo repouso!
Agnelo A. Montrond aamontrond@yahoo.com
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A morte de Pedro causou enorme choque em todo nós, os antigos estudantes cabo-verdianos bolseiros do governo francês na cidade de Pau, e não só. Pedro era uma figura indispensável e de grande intervenção na vida do grupo, e deixa um grande vazio no nosso meio. Às irmãs Ana Lina e Minda, bem como à toda a família, deixo a expressão da minha solidariedade neste momento de muita dor e profunda consternação, e apresento os mais sentidos pêsames. Em nome do colectivo dos “Palois”, antigos estudantes cabo-verdianos bolseiros do governo francês na cidade de Pau, curvo-me em memória deste grande amigo das horas certas e incertas. Morre o homem mas ficam as recordações das suas obras. Paz eterna à sua alma no paraiso. Até sempre Pedro. Nu ben pa es mundu, nu ten ki bai pa séu, distinu sértu ki nos tudu nu ten ki kunpri. Agnelo A. Montrond
Avelino Rodrigues Pina avelinopin@hotmail.com
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Que triste partida! Pedro era um amigo que, apesar da sua grande capacidade profissional no domínio (informática), foi um exemplo vivo de simplicidade e de humildade! Seguramente que continuarás para sempre nas nossas memórias. Do eterno amigo.
Pedro Santos santospedro@hotmail.fr
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Pois é meus caros amigos e colegas, Também tive a grande chance de partilhar grandes momentos com estes dois irmãos (Xema e Pedro)que partiram tão cedo e muitas saudades deixaram e muita coisa ainda tinham para dar. Quando cheguei do Brasil ainda havia poucos informaticos na Praia e um deles era o Pedrão que nesta altura trabalhava na Soft. Era tão soft como o nome da empresa onde trabalhava. Tinhamos obrigatoriamente de nos encontrar para falar de programação, falar das provas a serem aplicadas no Ano Zero onde eramos professores de informatica. Por coincidencia fui eu a encontrar trabalho tanto para Xema nos TACV quando regressou ao pais como para Pedro nos Correios nos ultimos tempos. Foi com muita tristeza que recebi os dois emails do brother Silvestre anunciando a morte destes dois irmãos. Que descanssem em paz num lugar nem quente nem frio.
Pedro Barros pedrogbarros@hotmail.com
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é verdade ami é ka flan kes kuza la mas é flan so pan studa ku empenho moda el AII nha pai bu bai bu dexa so lembrança ki kes nos dia ki nu ta passaba djuntu mas gosi nu ta pasal tudu dia pa sempre n'ta lembra di bo Di bu fidju ki ta amou ............