Irmon Kabuverdianus, Nu Uza Y Divulga Alfabétu Kabuverdianu Ofísial(AK, ex-ALUPEC)

Monday, November 30, 2009

UNIQUE CULTURALLY DIVERSE DINNER EVENT & MEETING WITH NEWLY ELECTED CONCILOR-AT-LARGE IN BROCKTON JASS STEWART



By Agnelo A. Montrond*


On Friday, December 4th, at 6:00 PM, we will be hosting an end of semester unique culturally diverse dinner event at the Cape Verdean Restaurant Sodade, 1145 Main Street, in Brockton, to celebrate with the students who, in the fall, enrolled in the Beginning Cape Verdean Creole I course at Massasoit Community College. It will certainly be a fine opportunity for them to socialize, have a real taste of the Cape Verdean culture, typical gastronomy, music and more, in a very supportive, friendly and nurturing atmosphere. Some students will demonstrate basic communicative learning gains acquired in the course, and will tell short funny stories in Creole.

It is people like them who will make a positive difference in our community. They have made a very wise and exemplary decision to commence the learning and development of the Cape Verdean language, the language spoken by one of the fastest growing minority groups in Brockton. This course has been of interest to all those who interact with Cape Verdeans either socially or professionally.

The keynote speaker will be Jass Stewart, who was elected Councilor-At-Large, in the November elections in the City of Brockton. Jass will address the audience and will listen to some concerns community members may have.


This event should be a culturally rewarding experience and all are cordially invited to participate.

*Agnelo A. Montrond, Instructor
Massasoit Community College

Saturday, November 28, 2009

Posto Escolar Número 39 – Ribeira do Ilhéu


Pa Agnelo A. Montrond

Nakel ténpu, mundu éra otu
Argen éra tudu unidu
Móda bagas di ruman di Péna Ratxadu
Sen nada ma ku tudu

//

N ta lenbra di nha pruméru prufesor
Minina Néta ki xina-nu “Heróis do Mar”
Palmatória éra ruspetu y rigor
5 di Julhu di 1975 inda staba na ar

//

Ai kel rekrêiu kumó éra sabi pa nos tudu!
Mininas ta brinkaba róda ta kantâ estantira tudu dikoradu
Ki Ntoninhu Purkópu ta obiba es na Seladu
Otus ta djugaba pédra: ais-un … as-kruzadas …
Mosus ta fazeba u-éni-trial prumeru
Pa brinkaba un pur un … séti ki leva nus ku …
Kes otus ta djugaba djinba
Ó ta kokiba ku tapu serveja lója ka Guinélu di Manina
Tó ki txigaba óra di sabatina


//

Tinha sinéma bibu y sinéma mortu
Fórti N ten sodadi di kel ténpu
Ki Nho Padri ta mostraba-nos na kaza skóla
Ténpu ki ba y ka ta voltâ nunka más na mundu

//

N ta lenbrâ klarinhu di kel ténpu
Ki Casimiro éra nha prufesor na kuarta klasi
Kantu el dizenhaba Amilcar Cabral na kaza skóla
Y pa ignoransia gentis tudu fikâ revoltadu ku kel róstu
Ki rádiu kóntra banda frâ ma éra “Kontra Nasaun”

//

Minis korré di Kutélu barâ Serkinhu
Bá Kanal, ben Ruberinha
Ku bandera di UPIC na mon
Ta gritâ inosentimenti: VIVA PORTUGAL
Abaixu AMILCAR CABRAL
Ki lutâ pa liberta-s di jugu kulonial
Y da-s direitu di kantâ ses própi inu nasional
Sol suor Verde o Mar … Nós vamos construir na Pátria Imortal
A Paz e o Progresso

//

Nha genti ignoransia dja ten fórsa
Kel ki kontiseba ku indipendênsia
Sa ta kontisê gosin ku nos lingua Kriolu
Ta gritadu inosentimenti ku lingua kunpridu na bóka
VIVA PURTUGES nos lingua ofisial
Abaixu ofisializason di KRIOLU
Kondison inda ka sta kriadu
Ki nporta-nu la

//

Du pruveitâ du liderâ es misaun suisida rabentóla
Pa du ka xâ es akordu bá pa dianti
Asin du ka ta fikâ pa trás

//

Trumódi povu e móda toru
Un mininu el só podê leba-l pa fonti
Un mininu podê marra-l y dismarra-l
Un mininu podê po-l un tornel
Un mininu podê leba-l pa matadoru …

Agnelo A. Montrond

Friday, November 27, 2009

José Maria Neves recebe condecoração de Lula da Silva e admite que o Brasil é a sua outra pátria

O primeiro-ministro José Maria Neves recebeu hoje das mãos da embaixadora do Brasil em Cabo Verde, Maria Dulce Barros, a Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco. Num momento de “muita emoção e orgulho”, JMN dedicou a condecoração à mãe e a Amílcar Cabral, os seus heróis. O governante assumiu no acto que o Brasil é também a sua Pátria e reconhece que nunca outro presidente brasileiro deu tanta importância aos países africanos de língua portuguesa, como Lula da Silva.

Membros do governo, corpo diplomático, parentes e amigos compareceram hoje na residência da embaixadora do Brasil, Maria Dulce Barros, para assistir à entrega da condecoração que o presidente Luis Inácio Lula da Silva outorgou ao primeiro-ministro de Cabo Verde. José Maria Neves reconhece que tem no Brasil, onde fez a sua formação, também a sua Pátria. Segundo ele, “nunca nenhum Presidente brasileiro deu tanta importância a Cabo Verde e aos países africanos que falam português”.
“Lula da Silva tem colocado novas pedras no relacionamento com o continente africano. Deu uma outra dimensão a África. Há uma forte vontade política de construir um novo relacionamento com a África e também valorizar a comunidade afro-brasileira”, elogiou, num tom emocionado.
Convicto que Cabo Verde “pode desempenhar um papel importante entre a África e o Brasil”, JMN recorda que o país “já desempenhou o papel no passado” e elogia Lula da Silva por o Brasil ser, neste momento, “um país com uma economia vibrante e mais competitivo”.
“Este Presidente está, sobretudo, a realizar sonhos de milhões de brasileiros, de um Brasil mais igual e mais solidário”, reconhece. Não deixando de elogiar os feitos de Lula da Silva, José Maria Neves considera que o Brasil tem “uma grande posição no mundo, porque o Presidente faz tudo para fazer crescer o país”.
Um relacionamento que, segundo a embaixadora, Maria Dulce Barros, “é exemplo raro, nas relações internacionais de cooperação intensa, ao longo dos últimos 34 anos”. “Nos últimos sete, o nosso comércio aumentou oito vezes mais e ainda poderá crescer”. Segundo a diplomata, “há estudos de mercado e missões empresariais que poderão revelar novas oportunidades, tendo como base um plano estratégico entre Cabo verde e o continente”.
Com uma “grande identidade” entre estes dois países, como a música, literatura e cultura, José Maria Neves promete não esquecer o Brasil e trabalhará “de sol a sol, incansavelmente, para o bem comum”. “Levantarei bem alto o nome do Brasil, agora com esta responsabilidade acrescida”, garante.
Citando músicos e poetas brasileiros e cabo-verdianos, José Maria Neves dedica a condecoração à mãe, sua heroína, e a Amílcar Cabral, o seu herói, figura "que deve ser exemplo a toda a juventude cabo-verdiana” e não deixou de termina as suas palavras sem recitar “Você, Brasil”, poema do cabo-verdiano Jorge Barbosa.

Fonte: http://www.asemana.publ.cv/spip.php?article47578&ak=1
Texto:IMN
Fotos: Eneias Rodrigues

Manuel Veiga: 'Rejeição da Proposta de Oficialização do Crioulo Representa Uma Derrota Política Para Aqueles que Não a Aprovaram'


O ministro da Cultura de Cabo Verde afirma que não pedirá a demissão por causa de o projecto de oficialização da língua cabo-verdiana ter sido excluído da revisão constitucional.

Manuel Veiga sublinha, em declarações à agência de notícias cabo-verdiana Inforpress que, apesar de se considerar "insatisfeito", não vê razões para pedir a demissão, uma vez que não concorda que tenha sido politicamente derrotado.

"Representa uma derrota política para aqueles que não a aprovaram, porque aquilo é uma causa justa que todos reconhecem", diz Manuel Veiga, recordando que a oficialização da língua cabo-verdiana (crioulo) já foi conquistada com a independência de Cabo Verde, em 1975, e está reconhecida na própria Constituição da República, de 1999.

Manuel Veiga assinala ainda que, como ministro da Cultura, sempre defendeu a valorização e o reconhecimento da oficialização da língua cabo-verdiana, tendo feito tudo o que lhe era possível nesse âmbito. Por isso diz-se "insatisfeito" com a rejeição da proposta por parte do Movimento para a Democracia (MpD, oposição), sublinhando, porém, não encontrar razões para estar frustrado e tão pouco para se demitir do cargo. "Não aconteceu (a oficialização do crioulo) e pode não acontecer mesmo na vigência de Manuel Veiga enquanto ministro da Cultura. Ficaria muito mais satisfeito se isso acontecesse; mas por uma coisa que não tenho responsabilidade não posso sentir-me frustrado".

Manuel Veiga adianta, por outro lado, que, estando ou não no Executivo, vai continuar a batalhar em prol da afirmação do crioulo e da cultura cabo-verdianas.

No seu entender os defensores do crioulo "ganharam força" para continuarem a defender a sua legitimação, e a recusa da proposta de oficialização por parte do MpD "não será um retrocesso", nem vai pôr em causa a institucionalização do crioulo. O que ficou impedido, segundo o governante, foi a concretização do propósito do Governo, que era o de legitimar o dever e direito de se aprender e usar a língua, já garantidos na actual Constituição, lembrando que já existem gramáticas, dicionários, livros, romances e outros instrumentos escritos na língua cabo-verdiana.

Manuel Veiga admite porém que o número de professores formados para ensinar a língua cabo-verdiana nas escolas do país ainda é "insuficiente", pelo que o Governo está a apostar na formação de professores no ensino superior.

Em relação ao problema da escolha da variante linguística a ser oficializada, apontado como um dos principais obstáculos à institucionalização do crioulo, o ministro, que é linguista de formação, explica que a ideia era oficializar todas as variantes existentes no país para permitir não só a compreensão entre os falantes como também a transição para uma fase de unificação linguística no futuro.

Na escrita e na administração pública os serviços poderiam não estar 100% preparados para emitir documentos oficiais em qualquer das variantes, mas Manuel Veiga desvalorizou a questão, afirmando que o uso de qualquer variante seria admitido, além de que a outra opção seria o recurso ao Português.

O acordo para a revisão constitucional foi assinado terça-feira pelos líderes do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), José Maria Neves (igualmente primeiro-ministro) e do MpD, Carlos Veiga, em que ficou excluída a inclusão da oficialização do crioulo.

Sunday, November 22, 2009

Lingua Más Sabi E Kel Ki E Di-Nos



Pa Agnelo A. Montrond

Dedikatória: N ta dedika es puema pa tudu menbrus di nos Parlaméntu na Kabuverdi

Lingua más sabi e kel ki e di-nos
El e ki e txabi ki ta abri-nu porton di nos ilha
Pa nu kumunika sen kenhenhi na tudu djeu
Sen burgónha, na tudu repartison
Sen médu, na tudu tribunal
Sen mantxontxa y sen érru, na skóla
Má ku liberdadi tudu óra y na tudu kau
Y ku lejitimidadi konstitusional na Parlaméntu


//

Lingua más sabi e kel ki e di-nos
Kriolu bo e taun grandi ki ningen ka pode ranja diskulpa pa rabaxa-bu

//

Ai si nu ka ofisializa-l
Iklipsi na nos alma pode ser total
Arbisa sabi N pode ka ten pa N da-l
El ki sta di vizita na Sal
Y nos mininus pode ben pasa mal

//

Lingua más sabi e kel ki e di-nos
Kriolu, bo e taun grandi ki ningen ka pode ranja diskulpa pa ka ofisializa-bu

//

Forsa di Kriolu
Nos lingua di bérsu
Ki e itérnu y imortal
Abri fódja di libru di nos konstituison en flor
Skrebe na tudu variantis ki bu ten
Ma si Purtuges e grandi y el e amor
Abo inda bu kre-nu más txeu pamódi bo e maior

//

Kriolu, abo e taun grandi ki ningen ka pode inferioriza-bu
Nen forsa di Kretxeu ki Nho Eugenio dedika-bu
Skrebedu gó ku alfabétu npristadu na Luis de Camões
Ki kantadu na Japon ku vós di oru di nos rainha Cesária
Ku pé na txon di orgulhu di nos ré maior

//

Melodia di Nha Kodé di Pedro Cardoso nina-bu sima mininu Jizus
Ta obi robéka franses di Linkin
Ta geme dór di nos dór na Rubera Djeu
Na mi menor ku arku Rubera Nhor Dés

//

Lingua más sabi e kel ki nu kre pa batizadu
Ku el nu ta ntendedu na tudu kabu
Ku el nu ta konbersa ku Deus
Y nos konbérsu ta txiga séu y ta obidu

Agnelo A. Montrond, USA
aamontrond@yahoo.com

Monday, November 16, 2009

Crioulo é tema de pesquisa numa das maiores universidades dos Estados Unidos

Carla Martin


A ligação entre a música e a língua em Cabo Verde é tema de uma pesquisa de doutoramento que está sendo desenvolvida numa das maiores universidades do mundo - Harvard. O trabalho, que abrange a área de antropologia, sociolinguística e música, está sendo desenvolvido pela norte-americana Carla Martin que conheceu Cabo Verde em 2003. Entretanto, diz que, na sua adolescência conviveu muito com cabo-verdianos naquele país, já o crioulo propriamente dito surgiu no seu percurso em 2002 na Universidade de Harvard.

A pesquisa abrange também a língua crioula, em todas as variantes, e sua valorização na música - " uma música muito rica que fez Cabo Verde atravessar o mundo inteiro, numa língua pouco conhecida e falada", diz. Quando veio para Cabo Verde em 2003, Carla ficou um ano na Praia vivendo com uma família da ilha do Fogo. Desde aquela época sempre vem de ferias ao país e hoje fala um crioulo que deixa qualquer um na dúvida: Será que ela é natural da ilha do Fogo, de Santiago ou da Brava? Já que ela sempre conviveu com pessoas dessas ilhas e foi adaptando os sotaques. Entretanto, não acredita que se expressa muito bem na língua crioula e justifica "já posso expressar e escrever quase sem problemas, mas não me sinto fluente ainda".
Pesquisa
"Eu percebo que o português é muito usado em outros espaços em Cabo Verde, como na sua rica literatura. Já na música me parece ser sempre obrigatório o uso do crioulo. Assim, no meu trabalho questiono porque é que isso acontece e já tenho várias possíveis respostas: pode ser porque a língua materna expressa melhor a alma do cabo-verdiano, pode ser porque é a língua materna e as pessoas ficam mais a vontade usando-a ou então porque a música é um espaço seguro, onde o português não tem que ser usado", diz.
O crioulo também é visto pela pesquisadora como sendo um ponto, importante, para ligar Cabo Verde com a diáspora, já que a diáspora fala apenas crioulo, "tanto que para mim parece que os Estados Unidos já é outra ilha de Cabo Verde e as pessoas preferem até notícias escritas em crioulo ao invés de português, por exemplo". Pelo trabalho que ela vem desenvolvendo, a doutoranda percebe também que a língua materna do cabo-verdiano tem uma forte importância no desenvolvimento cultural do país.
O trabalho, também, abrange a Rádio Praia Fm, porque mais de 90% da produção da estação é feita em crioulo. Nesses anos de pesquisa ela diz que reparou que, de maneira geral, antes as rádios do país tocavam músicas feitas por americanos, brasileiros, portugueses e outros e hoje percebe uma inversão de valores, uma vez que a maior parte das músicas que tocam é de cabo-verdianos residentes no país ou na diáspora, em crioulo. Esse facto é considerado por Carla como uma excelente forma de promover o nacionalismo, através da língua.
Apesar de considerar cedo para tirar conclusões já que o trabalho só vai ser apresentado em 2011, Carla já pode dizer que o desenvolvimento do país vai continuar a passar pela música. E também que o crioulo é importante e indispensável para o desenvolvimento do arquipélago. E vai mais além " talvez pelo facto de o crioulo ser um espaço seguro para o cabo-verdiano, deveria-se aproveitar para usá-lo, também, no ensino em Cabo Verde e em outros espaços no país porque acredito que dará oportunidade para outras pessoas subirem o seu nível de vida".
A especialista está no país pela quinta vez e sempre faz questão de visitar mais de uma ilha e ilhas diferentes para conhecer os músicos do país e poder fazer uma análise sobre a diversidade cultural e musical que torna Cabo Verde um país rico.
Ensino do crioulo nos States
Nos Estados Unidos o crioulo é parte do currículo nos liceus, onde estudam cabo-verdianos. Assim, se alguém, seja ele cabo-verdiano ou não, quiser fazer a sua licenciatura na área de estudos cabo-verdianos ele tem que aprender o crioulo. Têm que fazer dois anos lectivos para se graduar na língua. Carla recorda que o "crioulo surgiu no currículo por causa de algumas professoras que valorizam muito a língua e a importância dela para o desenvolvimento dos estudantes cabo-verdianos e acabaram por criar o currículo bilingue para cabo-verdianos que emigravam para os Estados Unidos.
O interesse pela Morabeza crioula
"O meu interesse por Cabo Verde surgiu porque cresci com muitos amigos cabo-verdianos na zona de Bóston. Mas, mesmo assim, quando eu fui para a universidade eu não sabia quase nada sobre o arquipélago. Comprei o CD Café Atlântico, de Cesária Évora e gostei muito. Foi aí que propus investigar e conhecer mais sobre esse país que produz essa música tão boa, fui estudando, pesquisando, fiz aula de crioulo na Universidade de Massachusetts e fiz lá uma grande amiga cabo-verdiana, a Inês Brito, conhecida por Nezi Brito, que dá aulas de crioulo lá. Ela me convidou para vir para Cabo Verde e dar aulas de inglês". Foi assim que Carla veio para Cabo Verde e ficou vivendo na Praia, durante um ano, com a família de Nezi Brito.
"Fiquei com uma paixão grande pelo país porque conheci uma cultura rica diferente da minha e com uma grande Morabeza". Essa última palavra ela define assim: "Se andas na rua as pessoas te cumprimentam, cumprimentas, as pessoas te convidam para sair. Se vais à casa das pessoas elas te convidam para lanchar, almoçar é algo especial. Todos têm uma amizade para com o outro. Nos Estados Unidos, é uma correria, todos os dias, que nem dá tempo para ter essa Morabeza. Estamos muito ocupados e podemos passar uma semana sem ver os nossos amigos. Mas aqui é algo diferente, as pessoas dão mais importância a convivência". Explica o que sente.
Sodade é outra palavra que ela gosta e explica com o sentimento que sentiu quando ficou um ano em Cabo Verde longe da sua família biológica. "Sei o que é porque chorei e senti aquela vontade de estar perto da família. Mas acho que saudade da música é uma saudade muito mais forte em que as pessoas sentem uma nostalgia, falta do país, da família, da comida, de tudo o que estavam acostumadas antes de viverem fora. Acho que a música de Cabo Verde expressa muito bem essa Saudade", diz com uma certa melancolia que mais uma vez a confunde com uma cabo-verdiana da gema. A culinária cabo-verdiana é outra paixão da norte-americana que, inclusive já começou a aprender a confeccionar alguns pratos, como a cachupa, cuscus, e algumas sobremesas como doces que são a paixão da pesquisadora.
16-11-2009, 20:27:15
VO, Expresso das Ilhas

Fonte: http://www.expressodasilhas.sapo.cv/noticias/detail/id/13027/

Dukuméntus ofisial na Mérka skritu na Kriolu ku Alfabétu Ofisial, AK (ex-ALUPEC)



Karu konpatrióta,

Pur favor, klika na títuli li diriba pa lé un informason inpurtanti sobri Skóla Públiku di Boston, tudu na Kriolu.

Tanbe pode uzadu es link li dibaxu li pa lé kel informason:

http://www.bostonpublicschools.org/files/IntroBPS09%20CapeVerdFINAL.pdf

Brévimenti nu ta disponibiza más links y nu ta konbida prezadus leitoris pa lé más pésas di dokuméntus ofísial na Mérka skritu na Kriolu móda MEPA, Massachusetts English Proficiency Assessment.

Obrigadu,

Agnelo A. Montrond

Sunday, November 8, 2009

Inxina Mininu Na Kriolu Ki E Se Lingua!


Pa Agnelo A. Montrond, USA

“If you talk to a man in a language he understands, that goes to his head. If you talk to him in his own language - that goes to his heart.” Nelson Mandela, Ex-Prizidenti di Áfrika du Sul.

Inspiradu pa es konbérsu sábiu y sabi di Nelson Mandela, N ta fla y N ta dimonstra euristikamenti ma: Si nu kre txiga na korason di kriansas kabuverdianu, nu ten ki inxina-s na Kriolu ki e ses própi lingua!

Di faktu, nu ten nos lingua, nos kultura, nos tradison, nos vivénsia y nos stória ki e di-nos própi, diferenti di purtuges y di otus povu. Kriolu e nos dizafrónta na kumunikason. El e nos dinominador kumun y e fator di unidadi na nos diferénsa. Má si lingua stranjeru e lingua ki un algen ta prende komu se sigundu, terseru, kuartu lingua, etc, y si Kriolu e stranjeru pa purtuges pamode e un lingua stranhu pa es, anton Purtuges tanbe e, éra, ó foi stranjeru y stranhu pa alguns kabuverdianus. Ó será ki istorikamenti/pulitikamenti Purtuges e ka stanhu nen stranjeru pa ninhun kabuverdianu? Ó antón será ki Purtuges e un meiu-térmu entri lingua stranjeru y ka stranjeru pa nos? Those are the questions!

Palavra “stranjeru” na Kriolu, “estrangeiro” na Purtuges, “stranger” na Ingles, “étranger” na Franses, ben di palavra “extraneus” na Latin, ki signifika “di fóra”, “ka di térra”, entri otus. Anton si Purtuges ben di Metrópuli, ki ta fika na stranjeru, fóra di Kabuverdi, lonji di nos gentis, dja disionáriu di Latin ta da-nu razon óras ki nu ta afirma ma pa nos kabuverdianus, Purtuges e un lingua stranjeru, pamódi e ka di térra. Purtuges e ka nos lingua nativu. Purtuges lebadu pa Kabuverdi di Purtugal y gentis foi obrigadu y forsadu a prende Purtuges na skóla, undi ki Kriolu éra pruibidu. Kriolu gó e fidju matxu lejítimu ki jera na barriga di Nos Identidadi, ki e mai orgulhóza di lingua kabuverdianu. E duedu gó pamódi Purtuges ki e «fidju fóra» e rejistadu y fidju matxu Kriolu inda ka e rejistadu. Pamódi, nha genti? Pamódi tantu injustisa? Pamódi?
Ku nos independênsia, asumidu y proklamadu só Purtuges komu nos lingua ofisial, na primeru verson di nos konstituison. Infilismenti oportunidadi ki nu tinha na kel altura, pa konsagraba valorizason y dignifikason konstitusional di nos lingua matérnu, foi sinplismenti disperdisadu. Só más tardi kantu fazedu revizon konstituisional ki artigu 9u ben kontenpla lingua kabuverdianu. Dja nu sta lonji ta bai, má inda sa ta falta-nu pa nu ofisializa y sistematiza skrita di Kriolu, nos prumeru lingua, ku bazi na alfabétu ofisial, AK (ex-ALUPEC). Padronizason y ofisializason di Kriolu e ki ta ben reforsa ensinu y aprendizájen di Purtuges komu nos sugundu lingua, ki nu ta prende só óras ki nu ta bai skóla. Ningen ka tene dúvida ma Purtuges e un patrimóniu pa nos kabuverdianus. Má ingrasadu y kuriozu e ki Purtuges e difísil pa kabuverdianus prende na skóla. Txeu kabuverdianus na liséu ta panha bons nótas na matimátika, na siênsia, na stória, etc, má ta panha mau nóta na Purtuges. E kuazi un tabu na Kabuverdi ma Purtuges e disiplina ki kabuverdianus ta panha nóta más baxu na el. Pamódi? Talves iliméntu di respósta sta na fórma ki Purtuges foi y kontinua ta ser inxinadu na Kabuverdi. Anton, ta parse-nu ma e inperativu ki mudadu alguns kuzas na sistema idukativu kabuverdianu.
Na Kabuverdi, metodolojia pa inxina linguas, sobretudu Purtuges, debe ser diferenti di kel ki ta uzadu na Purtugal, pamódi própi piskiza na ária di ensinu y aprendizájen di linguas ta rekomenda ma métudu di ensinu di lingua stranjeru debe ser diferenti di métudu di ensinu di lingua nativu. Y es mesmu rasiusíniu ta aplika a ensinu di otus disiplinas móda matimátika, fízika, etc. Ideal seria nxina mininus kabuverdianus Purtuges komu lingua stranjeru, y uza Kriolu-Purtuges, sima na «two-way bilingual program» na Mérka, pa nxina-s konseitus konpleksus y abstratu na matimátika y otus disiplinas. Es e midjór fórma pa konxe studantis, personifika aprendizájen y da kobertura a pusiveis nesesidadis individual di kada studanti. Só asin ta ivitadu ki mininus kontinua ta reprova na skóla dividu a uzu inadekuadu só di Purtuges en ves di Kriolu-Purtuges na prusésu di ensinu y aprendizájen. Y kel-li pode ser un eleméntu ki parsialmenti ta splika insusésu di alguns alunus lógu na kes primerus anus di skolaridadi. Modi ki Kriolu ta konsigi aseitason nun anbienti di kel-la? Kuzé ki debe fazedu pa muda kel situason la?

Si nu inxina kriansas kabuverdianu só na purtuges, un lingua stranjeru ki es ka ta ntende dretu, nos mensájen idukativu pode fika na kaminhu. Má si nu inxina-s na Kriolu ki e ses própi lingua, dja nu ta txiga na ses kurason. Prugrama bilingi Ingles-Kabuverdianu na Mérka, partikularmenti na stadu di Massachusetts, undi ki prugrama bilingi di liseu di Brockton «Brockton High School» foi risentimenti rikonhesidu komu midjór, e un kazu di susésu y un referênsia di uzu parsial di Kriolu komu lingua di ensinu en paridadi ku Ingles. Ku txeu orgulhu, nu ta afirma ma es prugrama e un ixperiensia di longa data, ki pode perfeitamenti ser adaptadu a realidadi bilingi di Kabuverdi. Inda ka txiga maré di nu rekonhesi nesesidadi di nos studantis papia, obi, skrebe, lé, y rasusina na ses lingua nativu y resebe idukason ki ta ruspeta ses valoris linguistikus y kultural? Será ki kenha ki sa ta dadu kónta ki obstaklus ki sa ta kolokadu na prusésu di aprendizájen di nos kriansas, si en ves di nu kria y oferese-s oportunidadi di prendi na lingua ki es ta dumina, ki e Kriolu, nu ta kuntinua ta forsa-s pa es prende konseitus akadémikus só na Purtuges, ki pa es e un lingua stranjeru?


Kriolu é prumeru lingua ki un kabuverdianu ta prendi papia. Nu ka ta prende-l, móda Purtuges, na un anbienti akadémiku. Nu ta prende-l sin, naturalmenti y na diskóntra, sen ninhun isforsu intelektual ó kognitivu, na interason susial. El ta marka personalidadi y identidadi di un kabuverdianu. Nos lingua matérnu sta-nu na nos miolu, el sta-nu na nos juis. Pur isu, Kriolu é lingua ki debi ser uzadu na skóla pa inxina mininus kabuverdianus, sobritudu na kes prumérus anus di skolaridadi, pamodi mininu dja sabi papia y el ta ntende Kriolu. Pa maioria di mininus kabuverdianu, Kriolu é úniku lingua ki es ta papia. Si erradamenti es uza só purtugês, só pamodi el ten statutu di nos lingua ofisial, má, dexa-m torna ripiti, ki pa maioria di mininus é un lingua stranjeru pamodi nunka es ka tinha un kontaktu linguistiku ku el antis, dja taréfa é mutu más difísil, pamodi es ten ki inxina kes mininus purtugês y otu disiplina, matimátika, pur izénplu, au mesmu ténpu. Talves ka sa ta dadu kónta di frustrason ki kel-la ta koloka na kabésa di kes mininus ki ta fika kondenadu a suisídiu akadémiku y ta ser vítima di ses insusésu na skóla. Ses odju y ses róstu ta mostra klaru difikuldadis ki es ta ten na ntende kuzas ki prufesor ta kre nxina-s só na Purtuges, má ki es ka ta pode prende pur kauza di barrera linguistiku.

Prubléma pode ka ser konseitus, faktus, ó kunhesiméntus, má sin lingua Purtuges ki es ka ta ntende nen papia dretu pamodi Purtuges e lingua stranjeru pa es. Nhos imajina, un mininu ki sta na primera ó sugunda klasi, ki ta mandadu pa skrebe un redason sobri «a ovelha» na Purtuges. Kel mininu é kapas di nen ka ntende kuzé ki «ovelha» signifika, y e pode ka faze nada. Prufesor debe faze ponti ku Kriolu y splika-l y fla-l ma «ovelha» é karneru, pa el pode ivita di perde un monti ténpu ta tenta splika-l na Purtuges, sen un téknika apropriadu, efisienti y efikas, y mininu pode dura ku ntendi, ó ka ntende própi. Y na kumunikason oral, ta izijidu mininu pa papia y splika só na purtugês, matérias ki pode ser linguistikamenti konpleksu y izijenti. Má pamodi ki ta kunplikadu prusésu di aprendizájen di konseitus na Purtuges es ves di el sinplifikadu na Kriolu ki mininu ta domina y permiti-l di uza se speriênsia y konpiténsia linguistiku?

Nu lenbra ma ofisializason di nos lingua nativu e garantia di se sobrivivênsia ki e indikador y garantia di viabilidadi y sustentabilidadi di nos kultura. Pur isu, nu debi skrebe y fala di nos identidadi Térra-Térra, Kutélu-Kutélu. Nos tudu nos e Kriolu. Nos e tudu irmon. Nu dexa nos imuson, konvikson pulitiku y relijiozu, partidu, ideolojia, bairrismu, etc, na un planu sekundáriu pamodi ser kabuverdianu é ka ninhun di kes kuzas la, má e un inekivuku y inkondisional konvikson di pertensa sósiu-kultural. Kal lingua ó kultura na mundu ki e midjor ki di nos? Dja nu konkista nos autonomia pulitiku, ago falta-nu e konkista tanbe nos autonomia linguistiku y kultural, pa nu skrebe nos lingua di fórma ordenadu y uniformi en ves di es forma inbrudjadamenti idiosinkrátiku, irrasional, teknikamenti insustentadu, kaótiku, sen lójika, sen kabésa, sen tonku y sen menbru, má ku lejitimidadi y aseitason.

Si na oralidade Kriolu ta dumina na Kabuverdi, dja na skrita ten un inverson di situason pamodi Purtuges ki ta dumina. Ki ason debe tomadu pa ikilibriu entri oralidadi y skrita? Bilingismu na Nos Kabuverdi di Speransa? Nos speransa e pa Kabuverdi kaminha pa un bilingismu na orizontalidadi y nunka na verikal. Nos speransa e tanbe pa prósimu revizon konstituisional abri porton di nos ilhas pa dignifikason di nos lingua y kultura, pa kaba di bes ku es anbivalênsia en relason a Kriolu y Purtuges. I have a dream; j’ai un rêve; tenho um sonho; nha sonhu e un dia obi Kriolu senpri, y kada bes más txeu, na televizon; obi Kriolu senpri, y kada bes más txeu, na rádiu, lé Kriolu senpri, y kada bes más txeu, na jornal, etc, sen ten ki senpri abandona nha lingua di bérsu pa N obi, lé ó papia senpri ku lingua npristadu na purtuges. Ti ki un stranjeru ben Kabuverdi, nu kre pa el obi ta papiadu kabuverdianu manenti na rádiu, na televizon, pa el odja Kriolu skrebedu manenti na jornal, etc. Má ti inda Kriolu sa ta ser injustisadu pa nos mídia. Nu ta da kónta, y nu ta fika tristi, óras ki nu odja ma televizon, rádiu, jornal, tantu iletróniku komu inprésu, entri otus meius di kumunikason susial, é duminadu pa purtugês.

En jeitu di konkluzon, N ta dexa klaru ma kiston sentral e ka statutu di Purtuges pa nos: stranjeru ó ka stranjeru, ó alguris entri stranjeru y ka stranjeru, Purtuges e nos lingual ofisial; el e un patrimóniu istóriku pa nos, y el e midjór eransa ki nu erda di kolonialismu, sima ki Amilcar Cabral afirma. Ka nu perde ténpu ku adjetivus y predikadus na Kriolu. Kel-li e asuntu ki sta ben tratadu na Introduson a gramátika di Dr. Manuel Veiga. Uniformizason di skrita di Lingua Kabuverdianu, ó Kriolu «tout court», na bazi di AK (ex-ALUPEC), se ofisializason, se utilizason komu lingua di instruson na skóla, en konplementaridadi ku Purtuges, e prósimu vitória y konkista di kabuverdianus, pamodi Kriolu e kel lingua ki e própi di-nos, ki nu ka toma npristadu na ningen, ki nu ka ganha na lotaria y nen nu ka ganha-l na gérra.

Agnelo A. Montrond, USA
aamontrond@yahoo.com

Tuesday, November 3, 2009

HISTORY MADE: Balzotti first female mayor, Stewart first black councilor

Linda Balzotti

The Enterprise
Posted Nov 03, 2009 @ 04:45 PM

BROCKTON — Voters have made Linda Balzotti the first female mayor in Brockton's history and African-American Jass Stewart the first black city councilor. Three incumbent councilors-at-large won new terms.
Balzotti received 7,330 votes to Harrington's 5,600, for a margin of victory of about 56 percent to 43 percent.
Harrington made a brief concession speech at about 8:35 p.m. at Joe Angelo's restaurant before supporters. "I love this city. It has been an honor to serve this city for over 20 years," Harrington told the group.
Jass Stewart

Balzotti appeared before her ecstatic supporters about 10 minutes later, saying: "I look so forward to being the mayor of this city, and leading this city."
In the councilor-at-large race, the winners were: Robert F. Sullivan 7,546 votes; Thomas G. Brophy, 6,820; Todd G. Petti, 6,025; and Stewart, 5,920.
Timothy Sullivan won the Ward 7 School Committee seat vacated by Ronald Dobrowski, and incumbent Janice Beyer won another term as Ward 3 School Committee member. Michelle DuBois won reelection as Ward 6 councilor and Thomas D. Monahan took the open Ward 2 councilor seat.
In her victory speech, Balzotti said, "I know how hard all of you have worked. This has been a long journey and we've been in this together. We ran a clean positive race, we ran a race based on what we want for the city of Brockton and what we know Brockton can be.
"I'm just so grateful ... I look forward to leading this city in a positive direction. I just want to leave you with this thought. For anyone who thought their dreams weren't possible, through hard work and determination and no real political background, a girl who grew up in a ... ranch in Brockton, through hard work, just became the mayor of Brockton."
In his concession speech before supporters, Harrington also said: "I want you to know that we will do what we can to help Linda Balzotti. I wish her luck also ... . I love each and every one of you and I'll give each one of you a kiss ... It's been a long career, and I can now go off into the sunset."
In an interview after his speech with radio station WXBR 1460, the mayor was asked if he would have done anything differently during the campaign. He said: "I don't think so. We put on a heck of a campaign. I held my own in the debates."
He added he got the message that voters wanted change. Harrington also said that "across the state, incumbent mayors knew that we would have a tough time this year."

Source: http://www.enterprisenews.com/news/x896787608/High-voter-turnout-expected-at-Brocktons-West-Jr-High