Irmon Kabuverdianus, Nu Uza Y Divulga Alfabétu Kabuverdianu Ofísial(AK, ex-ALUPEC)

Saturday, August 13, 2011

MENSAGEM DE MANUEL INOCENCIO SOUSA, NO ARRANQUE DA SEGUNDA-VOLTA DA CAMPANHA PRESIDENCIAL

Cabo-verdianas e Cabo-verdianos

Cidadãs e Cidadãos deste Cabo Verde plano e pleno

Amigas e Amigos desta Nação Global Cabo-verdiana

Iniciamos, hoje, dia 11 de Agosto, uma nova largada no processo da nossa candidatura à Presidência da República. Juntos, sempre juntos, fizemos a campanha para o pleito do passado dia 7 de Agosto, cujos resultados determinaram a nossa vinda à segunda volta destas eleições, tendo agora por adversário o Dr. Jorge Carlos Fonseca.

Agradeço do fundo do coração o vosso empenho, a vossa energia e a forma amiga como receberam o projecto MI ê Cabo Verde, durante estas eleições para a Presidência da República. De Santo Antão à Brava e por todas as comunidades cabo-verdianas espalhadas pelo Mundo, senti o pulsar do vosso afecto e da vossa determinação.

Estamos, aqui e agora, porque acreditamos nos valores da liberdade, da justiça social e da solidariedade; todos nós, os que queremos uma democracia melhor; todos nós, os que dentro de partidos ou fora deles queremos novas respostas para Cabo Verde, estamos aqui e agora dizer sim a Cabo Verde.

Estamos motivados, empenhados e capacitados para o veredicto das urnas no dia 21 de Agosto. O povo, quem mais ordena em democracia, tem plena consciência do perfil e das razoes das candidaturas que se enfrentam daqui a 10 dias. Queremos continuar a merecer a confiança do povo de Cabo Verde.

Queremos, por isso, alargar a nossa base de apoio e abraçar, com total abertura e gratidão, os cidadãos que votaram no candidato Aristides Raimundo Lima e no candidato Joaquim Jaime Monteiro. Queremos, ainda, chamar a este processo todos quantos se abstiveram de votar no passado dia 7. O voto é um direito constitucional do cidadão e é votando que se consolida esse direito inalienável.

A democracia cabo-verdiana sai mais reforçada a cada eleição, mormente quando esta é participada e disputada, no quadro da livre concorrência e do decoro político. Nestas presidenciais, o confronto democrático entre a nossa candidatura e a do nosso adversário deverá ser feito com ética, com lisura e postura. Afinal, trata-se de pleitear o cargo do Mais Alto Magistrado da Nação e de almejar a responsabilidade de ser o Chefe de Estado de Cabo Verde. Por isso, da nossa parte, como aliás tem sido a nossa prática, será uma disputa com serenidade, com sentido do Estado e com o amor por Cabo Verde.

Tal como tem sido nosso diapasão, dialogaremos com as pessoas, auscultaremos as demandas e as preocupações das comunidades e tomaremos nota do pulsar do País real. Queremos uma vez mais renovar o compromisso com os Cabo-verdianos para juntos, sempre juntos, encararmos os principais desafios de Cabo Verde e encontrarmos as soluções para os principais problemas nacionais.

Não temos uma visão clássica e retrógrada dos poderes presidenciais. O Presidente da República não pode ter uma leitura rígida e linear da Constituição, ficando pela sua interpretação avant la lettre, resumindo-se a uma figura institucional mais simbólica que efectiva.

O Presidente da República deve ser o maior activista de Cabo Verde. Recai, sim, sobre ele, o protagonismo de garantir os fundamentais da soberania, o funcionamento das instituições democráticas e as vias correctas para o desenvolvimento.

O Presidente da República, sendo guardião da cidadania dos cabo-verdianos, deve ser também um facilitador da governamentalidade e da boa governação, bem como um activo moderador político do diálogo entre o governo, a oposição e os segmentos políticos e sociais do sistema democrático cabo-verdiano. Deve ser ele ainda um árbitro com a noção das regras do jogo, com suficiente isenção, mas bastante estrutura mental para não empatar o jogo ou promover o anti-jogo.

Vai ser um grande momento eleitoral no dia 21 de Agosto. Vai ser, já é, uma escolha entre duas visões diferentes de Cabo Verde. A minha visão é uma visão humanista e solidária da sociedade.

Para nós, é importante Cabo Verde Primeiro. Cabo Verde, dos cabo-verdianos, antes e acima de tudo. Temos uma visão clara e moderna de como será a nossa Magistratura Presidencial, depois do dia 21 de Agosto, merecendo nós a confiança dos cidadãos. Alargaremos, sim, a boa imagem de Cabo Verde no Mundo, velaremos, sim, pelo reforço constitucional do Estado de Direito Democrático e ajudaremos, sim, a materializar a Agenda da Transformação de Cabo Verde. Porque, para nós, o Presidente da República é um parceiro institucional, sim, da Soberania, Democracia e Desenvolvimento de Cabo Verde.

É com esta visão que queremos ser Presidente da República e pedimos o voto dos cabo-verdianos.

Os cabo-verdianos sabem quem somos e o que temos feito por Cabo Verde. Sabem que sempre preservamos a nossa serenidade e o nosso amor por estas ilhas. Sabem também que somos de causas e combates pela Nação Cabo-verdiana. Sabem que nos pautaremos sempre pelo interesse nacional, pelo respeito da Constituição e pelos motivos da Cidadania. Para nós, Cabo Verde não é uma palavra vã e os cabo-verdianos, todos e cada um, são a razão deste movimento de candidatura.

Dirigimo-nos às mulheres, aos homens e aos jovens no Arquipélago e na Diáspora, aos militantes de todos os partidos, aos independentes e membros dos movimentos cívicos – dirigimo-nos a todos. Dirigimo-nos aos que defendiam a candidatura da cidadania e a candidatura do povo, dirigimo-nos aos que estão com o Governo e aos que fazem oposição, dirigimo-nos a todos os que se reclamam por um país mais moderno e mais competitivo, uma sociedade mais justa e mais humanista – dirigimo-nos a todos e pedimos: venham connosco para o Futuro. Para tanto, precisamo-nos unir, somar e mobilizar. Precisamos por de lado querelas circunstanciais e dar as mãos para a construção do Futuro.

Pensamos nos Cabo-verdianos em Santiago e na América do Norte; nos Cabo-verdianos no Fogo e em São Tomé e Príncipe; nos Cabo-verdianos na Brava, na Costa do Marfim e em Cuba; nos Cabo-verdianos no Maio, na Suíça e no Brasil; nos Cabo-verdianos na Boa Vista, em Moçambique e em Portugal; nos Cabo-verdianos no Sal, Noruega e na França; nos Cabo-verdianos em São Nicolau, na Espanha e em Angola; nos Cabo-verdianos em São Vicente, na Guiné-Bissau e na Itália; nos Cabo-verdianos em Santo Antão, na Holanda e na Argentina. Pensamos nos Cabo-verdianos, no Cabo Verde Global, portadores desta ânsia e deste pulsar do Futuro.

Está em causa o Futuro de Cabo Verde. Está realmente em causa o nosso futuro colectivo. Está em causa a forma e o conteúdo da nossa democracia. A forma e o conteúdo do desenvolvimento de Cabo Verde.

Por isso, estamos aqui, juntos, para lutar e para vencer.
 
Viva Cabo Verde!

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