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Sunday, January 4, 2009

As novas regras ortográficas já estão a valer no Brasil


Fonte: A SEMANA
04-01-09

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa já está a valer no Brasil. O documento, que unifica o idioma em todos os países de língua portuguesa, terá de ser aceite até 2012.

Por exemplo, o alfabeto que tem 23 letras passa a ter 26. O k, w e y voltam ao alfabeto oficial, porque o acordo entende que é um contra-senso haver nomes próprios e abreviaturas com letras que não estavam no alfabeto oficial (caso de kg e km). Além disso, são letras usadas pelo português para nomes indígenas (as línguas indígenas são ágrafas, mas os linguistas estudiosos desses idiomas assim convencionaram). Na prática: nenhuma palavra passa a ser escrita com essas letras - "quilo" não passa a ser "kilo" - por serem "pouco produtivas" ao português, na opinião da linguista.


O trema e o acento diferencial desaparecem da escrita. Assim, em "linguiça", o "ui" continua a ser pronunciado. Excepção: nomes próprios, como Hübner. Portanto, pelo (por meio de, ou preposição + artigo), pêlo (de cachorro, ou substantivo) e pélo (flexão do verbo pelar) passam a ser escritos da mesma maneira. Excepções para os verbos pôr e pode - do contrário, seria difícil identificar, pelo contexto, se a frase "o país pode alcançar um grande grau de progresso" está no presente ou no passado.


O acento circunflexo também desaparece nas palavras terminadas em êem (terceira pessoa do plural do presente do indicativo de crer, ver, dar...) e em oo (hiato). Caso de crêem, vêem, dêem e de enjôo e vôo. Nos ditongos abertos éi e ói o acento agudo também desaparece. Desaparecem no i e no u, após ditongos (união de duas vogais) em palavras com a penúltima sílaba tônica ( pronunciada com mais força, a paroxítona).


O hífen deixa de existir na língua em quando o segundo elemento começar com s ou r. Estas devem ser duplicadas. Assim, contra-regra passa a ser contrarregra, contra-senso passa a ser contrassenso. Mas há uma excepção: se o prefixo termina em r, tudo fica como está, ou seja, aquela cola super-resistente continua a resistir da mesma forma.
Quando o primeiro elemento termina e o segundo começa com vogal. Ou seja, as rodovias deixam de ser auto-estradas para se tornarem autoestradas e aquela aula fora do ambiente da escola passa a ser uma actividade extraescolar e não mais extra-escolar.
Em Portugal, caem o "c" e o "p" mudos, como "óptimo" e "acto". Passam a ser grafadas como o Brasil já fazia. Palavras como "herva" e "húmido" também passam a ser escritas sem o “H”, ou seja, erva e úmido.

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